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REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO
ÍNDICE:
1 - Conceito
1.1 - Metempsicose
1.2 - Palingenesia
2 - História da Reencarnação
2.1 - Pré–História
2.2 - Na História dos povos
2.3 - O Budismo e o Renascimento
2.4 - Reencarnação na Bíblia
2.5 - Comprovando a Reencarnação
2.6 - Investigação Cientifica
2.7 - Memória Extra-Cerebral
2.8 - Pesquisa Cientifica sobre Reencarnação
3 - Evolução
3.1 - Mônada
3.2 - Evolução Vertical e Horizontal:
3.2.1 - Processo Estrutural
3.2.2 - Os Astros
3.2.3 - Reino Mineral
3.2.4 - Reino Vegetal
3.2.5 - Reino Animal
3.2.6 - Animais Extintos
3.2.7 - O Elo Perdido
3.2.8 - Reino Hominal
3.2.9 - Por que não lembramos outra vida
3.3 - Intermissão
3.3.1 - Intermissão entre Reencarnações
3.3.2 - Planos Astrais
3.3.3 - Restringimento do Corpo Espiritual
3.3.4 - Sangue e Perispírito
3.3.5 - Tempo entre as Reencarnações
3.3.6 - PERGUNTAS BÁSICAS
1 - CONCEITO
Reencarnação é uma idéia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos carnais nascendo e morrendo sucessivamente para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.
1.1 - METEMPSICOSE
Do grego: meta: mudança + en: em + psiquê: alma - é o termo genérico para transmigração da alma, de um corpo para outro, seja este do mesmo tipo de ser vivo ou não. É usualmente denominada de metacomorfose. Essa crença não se restringe à reencarnação humana, mas abrange a possibilidade da alma humana encarnar em animais ou vegetais. Era uma crença amplamente difundida na Pré-história e na Antigüidade, sendo encontrada entre os egípcios, gregos, romanos, chineses, africanos, etc, mas não na Índia entre os budistas tibetanos essa migração é possível, embora muito rara (os budistas descrevem várias formas de reencarnação, sob vários contextos diferentes).
Os esquimós e outros povos atuais considerados "primitivos" mantém a mesma convicção.
É considerada entre os espiritualistas em geral uma involução.
O termo é encontrado em Pitágoras e Platão. Acredita-se que Pitágoras aprendeu seu significado com os egípcios, que por sua vez aprenderam com os indianos. A problemática desse raciocínio é a divergência entre as crenças. Platão e os indianos não acreditavam na metempsicose. Utilizavam o termo na ausência de outro como sinônimo de reencarnação. Já os Egípcios, estes sim, acreditavam na metempsicose (como ela é descrita aqui). Dessa maneira, sendo o termo grego, há polêmica quanto ao seu significado.
movimento cíclico por meio do qual um mesmo espírito, após a morte do antigo corpo em que habitava, retoma à existência material, animando sucessivamente a estrutura física de vegetais, animais ou seres humanos; reencarnação
No código de Manu, existem regras sobre o comportamento de uma pessoa numa vida A metempsicose prega a reencarnação de forma cíclica e não linear. Ou seja se um homem difamou (seu guru) ou alguém, pode voltar na forma de um burro, o que o censura voltará como um cão; o que rouba os bens de outros volta como um verme, se invejoso volta como um inseto.
O ladrão volta como mosca. Assassinos como piolhos, vermes de serpentes, carrapatos e assim sucessivamente, aves, seres de todas as espécies se enquadram nos pecados humanos. Segue pelo reino vegetal, podem voltar a ser homem novamente.
Num ciclo simples pode-se concluir que Criaturas possuídas pela essência divina alcançam a divindade; as possuídas pelas paixões, o estado humano; as possuídas pela obscuridade, o estado animal. Sattva: dos Deuses; Rajas: nos Homens; Tamas: nos animais.
1.2 - PALINGENESIA
Do grego palin= repetição, de novo + genes(e)= nascimento]- Nascer de Novo – Renascimentos sucessivos dos mesmos indivíduos, sempre de forma linear, progressiva até podendo ser estacionária, mas não retrógrada.
Segundo Schopenhauer, renascimento sucessivo do mesmo Indivíduo em corpos físicos diferentes.
Esse processo é evolutivo e linear, a Reencarnação palingenésica é pregada pelas escolas ocultas como Esoterismo, teosofia, rosacruzes, maçonaria,alquimia, o espiritismo criado por Allan Kardec e por algumas doutrinas orientais.
Allan Kardec, acreditava que os Druidas (povo que viveu nos primórdios europeus em terras franceses), deram origem a Reencarnação, porém históricamente não se pode afirmar isso. Mas sabe-se de relatos de 5000 anos no oriente.
Palingenesia A palavra é um termo que corresponde a conceitos semelhantes na história do direito, filosofia, teologia, da política e da biologia.
Ela vem do grego palavras Palin (de novo) e gênese (nascimento).
Esta doutrina afirma que cada ser vivo tem um ciclo de existência, a partir do nascimento, através de sua existência após a sua morte a reencarnação. Em alguns casos, tem sido chamado de 'eterna recorrência ". A literatura sugere que este ciclo se repete uma e outra vez, assegurando a continuação da evolução dos seres humanos. A diferença entre a metempsicose, está justamente da Palingenesia, não aceitar os renascimentos em animais mas sim na mesma espécie.
2 - HISTÓRIA DA REENCARNAÇÃO
2.1 - PRÉ – HISTÓRIA
ARQUEOLOGIA
É através dela é que temos conhecimento das crenças dos primeiros homens na face da terra, pelas amostras dos fragmentos de gravuras e esculturas que sobreviveram à ação dos séculos, fica clara entre eles uma idéia universal do espírito que sobrevive a morte do corpo físico. Algumas dessas crenças tomavam uma forma de regresso ao corpo físico pelos processos da mumificação, ou do renascimento em um corpo novo.
2.2 - NA HISTÓRIA ENTRE OS POVOS
ÁFRICA:
A crença da reencarnação existem em quase 100 tribos negras:
47 tribos:– Acreditam na metempsicose, aceitando a possibilidade da reencarnação em animais.
36 tribos:– Na reencarnação propriamente dita, palingenesia.
12 tribos: – Em que ambas são possíveis.
- ZULUS
Reencarnação aperfeiçoamento gradual do individuo, até que o retorno não seja mais necessário. - OESTE DA ÁFRICA
Reencarnação é algo tão bom que as pessoas não querem se livrar do ciclo, nascimento e morte. Reencarnar é bom para a alma. - SUL DA NIGÉRIA
Acredita-se que a alma pode retornar em pessoas variadas e de sexo diferentes. - OS IORUBAS (YORUBA)
Povo do grupo Sudanês da África Ocidental, que vive no sudoeste da Nigéria. Essas tribos deixam que os feiticeiros advinhem o que a criança foi, para depois a mãe dar um nome adequado, segundo essas tribos, a alma desce para o centro da terra e lá permanece de 2 meses a 2 anos, dependendo da extensão da saudade que sente do mundo acima. A gravidez dolorosa indica uma morte dolorosa na vida anterior.
Povo do grupo Sudanês da África Ocidental, que vive no sudoeste da Nigéria. Essas tribos deixam que os feiticeiros advinhem o que a criança foi, para depois a mãe dar um nome adequado, segundo essas tribos, a alma desce para o centro da terra e lá permanece de 2 meses a 2 anos, dependendo da extensão da saudade que sente do mundo acima. A gravidez dolorosa indica uma morte dolorosa na vida anterior. - ZAIRE: Gêmeos e trigêmeos são honrados como chefes renascidos.
- BIRMANESES
Crêem no retorno dos indivíduos. - BUDISMO OFICIAL
Aceitam que as pessoas assumam características de uma ou mais personalidades prévias, mas negam que sejam idênticas a alguma personalidade anterior. - BALINESES – (INDONÉSIA)
Tem forte tradição na reencarnação, crêem que as pessoas renascem repetidas vezes na mesma família. - JAPONESES
Tem algumas visões de reencarnações que são anteriores ao budismo.
- CELTAS
Acreditam que após um número de vidas, possam atingir um “Céu Branco” onde se tornariam conscientes de Deus. Após cada morte, a alma tem um período de descanso. - TEUTÕES
Acreditavam que reencarnavam na mesma família com o mesmo nome. - SAXÕES
Acreditavam que a pessoa torna-se uma rosa ou uma pomba, por um tempo, e depois segue seu rumo a lugares divinos. - DRUÍDAS:
Tidos como bárbaros, os antigos druidas, principalmente os que viviam na Gália (hoje França e Bélgica), sustentavam uma admirável concepção filosófica e mística a respeito da imortalidade da alma. Seus sacerdotes eram famosos pelo nível de sabedoria. Os gauleses chegaram a dar, a cada criminoso condenado, um prazo de cinco anos, depois da sentença de morte e antes da execução, para que se preparasse para o estado futuro, através do cultivo da vida anterior. As influências da conquista romana destruíram sua filosofia e religião. Segundo Allan Kardec eles acreditavam na Reencarnação, porém historicamente não se pode afirmar isso.
- TLINGITS
Habitavam o sudeste do Alasca e noroeste do Canadá, tinham especial atenção aos Estigmas (marcas no corpo que indicam a identidade do recém-nascido). A alma que retorna pode escolher sua futura mãe. O sonho das grávidas com os parentes falecidos tinha muita importância. Após a morte, a alma vai para diferentes lugares. Um deles é para onde vão os que morreram violentamente. Há indícios de crença na Metempsicose. - ESQUIMÓS OCIDENTAIS
Acreditavam na reencarnação, acreditam em cincos estágios ascendentes após a vida, entre eles reencarnações sobrepostas, em que alguém renasceu antes da personalidade previa ter morrido. - LESTE DA AMÉRICA DO NORTE
Crença na reencarnação raizada e difundida. Em comum que as pessoas de coração puro podiam se lembrar das vidas passadas. - CHIPPAWAYS
Acreditavam que o sonho era o instrumento para rever e enxergar o futuro. Outras Tribos Indígenas: viam os pioneiros brancos como gerações que retornavam do passado.
- As tribos acreditavam na reencarnação:
- ÍNDIOS MEXICANOS
Acreditavam na Metempsicose. Pessoas importantes retornariam como belos pássaros e animais superiores; os de baixa condição como: besouros e outros animais inferiores.
AMÉRICA DO SUL:
- INCAS
Acreditavam que uma pessoa poderia retornar ao seu corpo, se este fosse corretamente mumificado. - TRIBOS BRASILEIRAS
Acreditam na reencarnação.
- ABORÍGENES AUSTRALIANOS
Tudo leva a crer que as idéias sobre a reencarnação fossem universais entre os Aborígenes Australianos, tendo permanecido mais tarde entre as Tribos Centrais e as do Norte. Depois da chegada dos Europeus, foi difundida entre eles a crença de que retornariam como homens brancos. - OKINAWA
Ao Norte do Pacífico, acreditam que a alma deixa o corpo 49 dias após a morte. Depois de um período não maior que 7 gerações, a alma retorna num corpo cuja aparência lembra a encarnação prévia.
- EGITO
Foi a pátria dos mais elevados ensinos ocultos e segundo Heródoto, a pioneira na crença da imortalidade da alma. Ensinava, em sua pureza original a doutrina dos vários “invólucros” do homem, como o corpo físico, o corpo astral e o duplo etéreo.Os Egípcios acreditavam que depois da morte a alma habitava durante 3 mil anos em todo tipo de encarnação vegetal e animal, e só então retornava como humana. Só voltaria ao corpo original se ele estivesse corretamente mumificado
- Sua sociedade secreta sustentava a doutrina da reencarnação como uma das suas verdades fundamentais. Seus mestres, chamados “Magos”, acreditavam que a alma evoluída, após várias encarnações, encaminhava-se a um estado de suprema felicidade, no qual podia lembrar-se de todas as suas vidas anteriores e não precisava mais encarnar. Com esse tesouro de sasbedoria, passaria a ajudar e guiar as raças futuras que surgissem na Terra. Para eles todos os seres vivos eram variantes manifestações da Vida Uma e do Ser Uno.
- Sua doutrina esotérica referente à encarnação aparece na obra de Lao-Tsé, o Tão-Teh-King. Nela, o universo e a alma humana procedem da união e ação do princípio universal. O Tão, com a atividade criadora do universo, o Teh. Tudo sai do Tão e volta ao Tão, a grande unidade.
- GRÉCIA
Famosa por seus grandes filósofos, a Grécia teve também grandes ocultistas e místicos. Sua visão sobre a reencarnação originava-se dos “Mistérios Órficos”. Segundo a doutrina órfica, a pessoa é formada de um pequeno elemento divino e um grande e mau elemento tirânico. Os humanos precisam aprender a eliminar o elemento tirânico dentro de si. Isso leva necessariamente muitas encarnações, a partir das quais a libertação é possível. A recompensa e a punição virão nas próximas reencarnações humanas ou animai - PITÁGORAS
O grande instrutor ocultista da Grécia, sua escola e seus adeptos aceitavam e ensinavam a doutrina da vida depois da morte, diferente das mais antigas, por pregar que os bons animais podiam encarnar como humanos, e que os humanos podiam encarnar como animais ou plantas. - PLATÃO
Filósofo que marcou fundo o pensamento ocidental, defendia que a alma reencarnada tem vislumbres de recordações de suas vidas passadas, como instintos e intuições. Dessas vidas originam-se as idéias inatas.
JUDEUS:
- JUDAISMO
Fazia parte dos dogmas judaicos o nome ressurreição. Entendiam que era o retorno a vida no próprio corpo(cadáver). Para a ciência é materialmente impossível. Reencarnação é a volta da alma ou espírito a vida corpórea, mas num outro corpo que nada tem a ver com o corpo anterior. - CABALA
Escritos Secretos, é a principal base Esotérica dos Judeus. Segundo ela, todas as almas, entre longos intervalos de descanso e purificação, são sujeitas a repetidos renascimentos. Nestes, há um esquecimento total das vidas anteriores. A finalidade é purificar-se, evoluir e atingir a perfeição. - ZOHAR
Livro Secreto - Baseia-se nos ensinamentos da cabala e os amplifica a idéia de que se atinge a perfeição através de repetidos renascimentos. - ESSÊNIOS
Constituíam uma seita mística que apareceu entre os judeus durante o século que precedeu o nascimento de Jesus. Ela contribuiu muito para a divulgação das verdades da reencarnação entre os judeus. Foi a mais importante seita mística do seu tempo.
- CRISTÃOS PRIMITIVOS
Na primitiva igreja cristã havia uma doutrina esotérica e, parte dela, consistia no ensino da preexistência da alma. Essa doutrina era conhecida como “Mistérios” ou “Ensinos Íntimos” e não era revelada as massas. Os escritos dos primeiros padres da igreja cristã estão repletos de muitas alusões a esses mistérios. Orígenes escreveu muito sobre essas coisas. João Batista era geralmente reconhecido como a reencarnação de Elias, até pela massa popular. - GNÓSTICOS
Os Gnósticos que constituíam uma ordem e escola na igreja primitiva, ensinavam a reencarnação clara e abertamente, sendo por isso perseguidos pelos mais conservadores. - SANTO AGOSTINHO
Em confissões, diz textualmente: “Não vivi em outro corpo antes de entrar no ventre de minha mãe”. - CLERO
A Reencarnação teve por vários séculos muito adeptos sérios da igreja primitiva, ela era reconhecida como florescente até pelos que a combatiam. Os diversos Concílios Eclesiásticos pronunciaram-se contra a doutrina da reencarnação, consideravam-na uma heresia. Os ensinamentos foram condenados e censurados. Até que, no ano de 553, um Concílio cuidadosamente preparado pelo Imperador Bizantino Justiniano, considerou-a um anátema. Dois fatores levaram a Igreja a esta decisão: primeiro foi a grande campanha desencadeada por Theodora – cortesã libidinosa, amante e, posteriormente, esposa de Justiniano – que não se conformava com a idéia de ter de reencarnar diversas vezes para expiar seus crimes e erros; segundo, a doutrina do céu e do inferno imediatos dava maior poder ao clero, em vias de consolação. Uma vez cristalizado, é muito difícil modificar-se um dogma. Assim, até hoje a Igreja condena a doutrina da reencarnação.
- ISLÃ:
Embora não tenham uma crença explícita na reencarnação, algumas seitas muçulmanas acreditam nela, de um modo fatalista, que conduz o homem a uma quietude e a uma indiferença inimigas de todo o progresso e que negam o livre-arbítrio. Há os que pensam que a alma humana possa passar para um animal ou para outra pessoa, dependendo do seu estágio. - SUFIS:
Nesta seita, influenciados por Zoroastro, crêem na reencarnação. Segundo eles a alma imortal entra neste mundo por um curto período para ganhar experiência. Ela pode ter descido de esferas superiores ou estar trabalhando para a sua ascensão, a partir da esfera inferior. O número de reencarnações é pequeno, pois consideram a progressão e o retrocesso da alma como um processo de auto-fortalecimento. A aceleração do auto-fortalecimento leva, depois de algumas encarnações, a uma virada decisiva. - ÍNDIA:
- HINDUÍSMO:
A Índia pode ser considerada a grande mãe da doutrina da reencarnação, pois lá encontrou o seu mais completo florescimento. Talvez em nenhuma outra parte do planeta se encontre uma convicção tão coletiva e forte na vida da alma. Seus livros religiosos se referem a reencarnação. O conceito geral HINDUÍSTA, é que as almas humanas originam-se do Ser Supremo e essencialmente permanecem idênticas a Ele. Muitas encarnações sucessivas provocam uma involução gradual, fazendo que as almas se esqueçam de suas origens, confundam-se e se entorpeçam. Mas gradualmente, por meio de outras experiências ao longo de sucessivas encarnações, as pessoas começam a perceber para onde devem retornar. Então, cada vida é um empenho para o retorno. Ficar preso aos fascínios do mundo material é um erro. A pessoa deve separar-se deles e tornar-se espiritual, atingindo o Moksha (libertação) , e finalmente encontrando o caminho de volta a Brahma. Uma outra visão é de que as almas Jivas , começam como formas mais simples de vida. Elas alcançam o estágio humano através de estágios como minerais, vegetais e animais. Por último, tornam-se anjos, após muitas encarnações. - Cada Jiva tem em si o atman, o eterno, a essência divina. Samsara, o ciclo de vidas sucessivas, leva mais ou menos naturalmente ao crescimento e ao amadurecimento. Quando a alma alcança a autoconsciência humana e atinge a liberdade de escolha e a responsabilidade pessoal, seu próprio esforço determinará seu carma.
- VEDAS
Os Vedas (conhecimento em Sânscrito) - Conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas que surge na Índia a partir de 2.000 a.C., objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara) para atingir o nirvana, sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e do Universo. O caminho para o nirvana passa pelo ascetismo, pelas práticas religiosas, pelas orações e pela Yoga. - UPANISHADS
Os Upanishads, falam da reencarnação de forma clara. - MAHABHARATA
O Mahabharata e as leis do MANU, também falam da reencarnação. - BHAGAVAD-GITA
O Bhagavad-gita diz, literalmente: “O Homem Real, isto é, o Espírito do Homem, nem nasce, nem morre; inato, imortal, perpétuo e eterno, sempre existiu e existirá. O corpo pode morrer ou ser morto e destruído; porém aquele que ocupou o corpo permanece depois da morte deste”. - BUDISMO
Tanto o Budismo como o Hinduismo acreditam na ação do Samsara, a repetição infinita de vidas, até atingir o Mosksha. Mas os Budistas preferem falar em renascimento, em vez de reencarnação. A diferença entre as duas correntes está em annata: embora as características do falecido sejam transmitidas para a nova vida, a entidade pessoal tem um EU permanente; como se fosse a chama de uma vela acendendo outra vela, a continuidade, não a identidade. - BUDISMO TIBETANO
Para eles o renascimento ocorre imediatamente. Uma especialidade tibetana é a reencarnação dos Lamas, chamada Sprul-Sku, nela a entidade é preservada, pois uma força contrária é empregada contra a desintegração da personalidade. Para tanto, é necessário muita força física e muita força de vontade. Pessoas cujas missões não foram cumpridas, algumas vezes retornam dessa maneira. - BUDISMO MAHAYANA
São os que atingiram a iluminação e não precisam encarnar mais para resgatar carma, fazem-no apenas por compaixão à humanidade ainda em sofrimento. O Budismo introduziu a reencarnação na China e se tornou uma das religiões populares, no Japão e em outros países , se transformou em uma religião de ritualismo, dogmas e cerimonialismo, perdendo muito da filosofia original. - JAÍNISMO
Fazem referência ao Samsara e ao Moksha , mas acreditam que o carma depende unicamente da conseqüência dos atos e não da intenções morais. Causar a morte de alguém, não intencionalmente, produziria o mesmo carma que um assassinato a sangue frio ou passional. Muito conscienciosos, os jainistas praticam ahimsa – total pacifismo – vegetarianismo estrito e o trabalho incessante. Para eles, após a morte, a alma une-se imediatamente à concepção de uma criança e renasce depois de 9 meses. - FILOSOFIA YOGA
Ensina que a alma reencarnará na Terra tantas vezes quanto for preciso, para se tornar capaz de passar a planos superiores de existência. Nesta filosofia a lei de causa e efeito e a lei de atração, em que o igual é atraído por um igual, tem um grande efeito. - TEOSOFIA:
Conserva pura a doutrina da Reencarnação e sua lei fundamental: a lei do carma. Para os Teósofos as idéias reencarnacionistas tiveram maior prestígio intelectual e cultural e menos polêmica, devido a sua ligação com a filosofia indiana. Segundo os adeptos, seus mestres que inspiraram o movimento vivem no Himalaia. Seu conceito de reencarnação é mais místico do que espiritual. Para se ter uma boa compreensão da teoria da reencarnação é indispensável conhecer exatamente a lei do carma e suas funções. Ela gerou um grande número de escolas, entre elas a ANTROPOSOFIA, ( movimento de esoterismo cristão fundado em 1913 por Rudolf Steiner), com doutrinas próprias sobre a reencarnação e o carma . Steiner era um gnóstico, valorizava o pensamento ensinado na fonte. Procurava o conhecimento direto com suas origens, e suas teorias são todas baseadas na inspiração do Insight (ato de perceber, de maneira súbita, a solução de um problema, a natureza de uma figura ou de um objeto, etc.). - ROSACRUZES, MAÇONS, ESOTÉRICOS, ALQUIMISTAS: Aceitam e difundem a Reencarnação Palingenésica.
2.3 - O BUDISMO E O RENASCIMENTO
1. O Budismo acredita na reencarnação?
O Budismo não ensina a reencarnação, o Budismo acredita no renascimento.
2. Qual é a diferença entre reencarnação e renascimento?
A reencarnação é a idéia da existência de um espírito separado do corpo; com a morte do corpo esse mesmo espírito reassume uma outra forma material e segue evoluindo. O renascimento na concepção Budista não é a transmigração de um espírito, de uma identidade substancial, mas a continuidade de um processo, um fluxo do devir, no qual vidas sucessivas estão conectadas umas às outras através de causas e condições.
2.4 - REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA
Fica lógico em LUCAS e MATEUS um raciocínio que nos leva a crer que JOÃO BATISTA foi ELIAS em outra Reencarnação, TEXTUALMENTE. Já que no Velho Testamento em Malaquias (4), os Hebreus esperavam o retorno de Elias.
Lucas 1:13-17
13 Mas o anjo lhe disse: Não temais, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João;
14 e terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento;
15 porque ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe;
16 converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus;
17 irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido.
Mateus 17:9-13
9 Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja levantado dentre os mortos.
10 Perguntaram-lhe os discípulos: Por que dizem então os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?
11 Respondeu ele: Na verdade Elias havia de vir e restaurar todas as coisas;
12 digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram; mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem há de padecer às mãos deles.
13 Então entenderam os discípulos que lhes falava a respeito de João Batista.
Marcos 6:14-16
14 E soube disso o rei Herodes (porque o nome de Jesus se tornara célebre), e disse: João, o Batista, ressuscitou dos mortos; e por isso estes poderes milagrosos operam nele.
15 Mas outros diziam: É Elias. E ainda outros diziam: É profeta como um dos profetas.
16 Herodes, porém, ouvindo isso, dizia: É João, aquele a quem eu mandei degolar: ele ressuscitou.
Malaquias 4
1 Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo.
2 Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria.
3 E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos exércitos.
4 Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, a qual lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e ordenanças.
5 Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;
6 e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição.
João 9:1-7
1 E passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
2 Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.
4 Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar.
5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
6 Dito isto, cuspiu no chão e com a saliva fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego,
7 e disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa Enviado). E ele foi, lavou-se, e voltou vendo.
João 3:1-15
1 Ora havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus.
2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.
3 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
5 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto?
10 Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas?
11 Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que temos visto; e não aceitais o nosso testemunho!
12 Se vos falei de coisas terrestres, e não credes, como crereis, se vos falar das celestiais?
13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem.
14 E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
15 para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna.
João 9:2-3
Cego de nascença.
Perguntou os discípulos a Jesus. Quem pecou ele ou seus pais.
“Jesus disse nenhum dos dois.”
- Para os reencarnacionistas, fica aberto para interpretar que quem pecou foi o cego noutro corpo, noutra época.
Mateus 11:11-14 e 17:9-13
João no Papel de Elias: Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes: “Não contei a ninguém o que acabaste de ver até que o homem ressucites dos mortos.” –(No caso Cristo parecia ser contra que a Reencarnação fosse um tema exotérico, parece que causaria o conformismo da população como é até hoje nos dias de hoje na índia)
Os discípulos então fizeram essa pergunta: - Então porque os escribas dizem que Elias voltará primeiro (no caso primeiro que Cristo). – Cristo respondeu: Elias, já veio e eles não o reconheceram (no caso João Batista é ELIAS reencarnado, conforme versículo: 17:13).
2.5 - Comprovando a Reencaração
Gilberto Schoereder
Ainda não foi possível comprovar a reencarnação através das impressões digitais, mas a excelente idéia já está sendo aproveitada por João Alberto Fiorini e, em breve, é possível que tenhamos novidades nesse campo.
As técnicas para se investigar e comprovar possíveis casos de reencarnação já são conhecidas no meio espírita. Nos últimos anos, JoãoAlberto Fiorini, delegado de polícia atuando na Agência de Inteligência do Paraná, vem desenvolvendo um novo método. Especialista em impressões digitais, ele entende que é possível confirmar um caso de reencarnação utilizando essa forma de pesquisa científica.
Esse caminho começou a ser seguido em 1999. Na época, João Alberto se recuperava de uma cirurgia realizada em São Paulo, e teve a oportunidade de ler um artigo publicado num jornal em 1935, escrito por Carlos Bernardo Loureiro. A matéria foi reproduzida no jornal da Federação Espírita do Estado de São Paulo, e se referia a um menino que tinha a mesma impressão digital de um homem que já havia falecido há dez ou quinze anos. O autor da matéria era um dos grandes estudiosos do assunto, na época, e gostava de comparar impressões digitais.
Fiorini sabia que não é possível existirem duas impressões digitais iguais, mas ainda assim, ele levou a história a sério e resolveu estudar mais: fazer uma pesquisa para saber se não haveria qualquer possibilidade de se encontrar duas impressões iguais. “Eu já era espírita”, explica João Alberto, “mas ainda não tinha feito qualquer pesquisa científica. A partir daí, comecei a fazer um estudo profundo sobre impressões digitais, pesquisando tudo o que poderia existir em livros brasileiros e norte-americanos, na área da Medicina.”
A pesquisa levou-o a conversar com membros do conselho de dermatologia do Paraná e a conhecer o trabalho do dr. Agnaldo Gonçalves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Assim, ficou sabendo por que as pessoas têm impressões digitais, impressões palmares e as linhas nas mãos e nos pés. Em seu livro Anais Brasileiros de Dermatologia, o dr. Gonçalves diz que os desenhos formados nas mãos e pés estariam ligados à genética, variando de mão para mão, de raça e de sexo. “Se você verificar as impressões digitais das mulheres”, informa Fiorini, “vai ver que elas têm uma tendência maior à presilha, que é um tipo específico de desenho”. Mas uma parte da formação dessas linhas – e não se sabe ao certo o quanto –, pode estar relacionada aos movimentos do feto no útero. Mesmo no caso dos gêmeos univitelinos, as impressões digitais são diferentes.
PesquisasSeguindo uma pesquisa realizada anteriormente em Cambridge, Inglaterra, Fiorini também observou as digitais de homossexuais. O estudo inglês havia mostrado que os homossexuais apresentavam características de impressões no polegar direito que se aproximavam das características femininas. Com uma pesquisa realizada principalmente com travestis, o pesquisador brasileiro comprovou que as digitais apresentavam a presilha de uma digital feminina, conhecimento que serviu de base para seus estudos posteriores.
O normal é que os homens não apresentem a presilha, mas sim, o verticilo, outro tipo de desenho. Então, ele se perguntou, por que os homossexuais não teriam o verticilo. A situação não fazia muito sentido, cientificamente falando. Ele também observou as digitais de mulheres criminosas, que deveriam apresentar presilha. Mas, ao estudar os sinais, percebeu que a incidência maior era de verticilo, a característica masculina. “Isso me surpreendeu muito”, diz Fiorini, “e comecei a ver nas impressões digitais algo a que as pessoas não deram muita importância, como se não tivesse interesse científico.”
Vendo pelo lado espiritual, explica Fiorini, uma pessoa, ao desencarnar, fica de 0 a 250 anos no plano espiritual. Em outras palavras, ela tanto pode reencarnar rapidamente, quanto pode demorar um tempo mais longo; mas o mais comum é que essa reencarnação ocorra dentro de um período de 40 a 70 anos. Se imaginarmos que uma mulher morre e retorna rapidamente, em mais ou menos dois anos, porém ocupando o corpo de um homem, ela virá então trazendo ainda as características femininas. Assim, segundo João Alberto, a questão envolvendo a homossexualidade nada tem a ver com desvio de personalidade, como muitas pessoas ainda insistem em dizer, mas está relacionada com a vida anterior e com o fato da reencarnação ocorrer muito próxima. “Eu cheguei a essa conclusão”, ele conta. “Eu sou o único que está levando a pesquisa para esse lado. O dr. Hernani (Guimarães Andrade) também já pesquisou, mas ele fala apenas do tempo de intermissão. Eu vou além, entendendo que essas impressões digitais não se alteram quando o espírito reencarna.”
MetodologiaA seqüência lógica dos estudos e pesquisas do dr. João Alberto Fiorini foi entrar em contato com o dr. Hernani Guimarães Andrade, presidente do Instituto de Pesquisas Psicobiofísicas, em Bauru, São Paulo, a quem Fiorini considera um dos maiores cientistas do mundo em assuntos de reencarnação. Ele também é um nome muito respeitado por parapsicólogos, não apenas do Brasil, mas de todo o mundo.
Outro ponto de apoio para suas investigações foi o exaustivo trabalho do dr. Ian Stevenson, que já investigou mais de três mil possíveis casos de reencarnação, baseando-se em depoimentos de crianças. Stevenson, de reputação internacional, começou a coletar depoimentos de crianças de todas as partes do mundo, sempre que elas se referiam à sua existência numa encarnação anterior. Stevenson e sua equipe coletavam esses depoimentos, arrumavam as informações que as crianças forneciam sobre suas possíveis vidas passadas, e iam ao local em que elas teriam vivido para comprovar ou não essas informações. Os resultados obtidos foram tão impressionantes que grande parte da comunidade científica ficou abalada em suas convicções e noções, até então restritas sobre o tema reencarnação.
A pergunta que Fiorini fez ao dr. Hernani foi se era possível um espírito retornar com a mesma digital. Ele respondeu que acreditava ser possível; se a pessoa volta com marcas, sinais, cicatrizes, deformações e até mesmo doenças, por que não com as mesmas impressões digitais? Conversando com ele, estabeleceu um método de pesquisa que consiste em procurar crianças, geralmente entre os dois e quatro anos de idade, que tenham o costume de afirmar que viveram em outro lugar, em outra época, que tiveram determinado tipo de ações ou conheceram certas pessoas. Isso ocorre pelo fato do perispírito dessas crianças não estar acoplado ao corpo somático, adaptação que só irá ocorrer aos sete anos. Se o tempo de intermissão for muito curto – geralmente, no Brasil, essa reencarnação se dá de dois até oito anos – essas crianças começam a falar sobre suas vidas passadas. Assim, é possível coletar essas informações, da mesma forma como foi feito pelo dr. Ian Stevenson, e procurar os locais e pessoas aos quais elas se referiram. Se a pessoa em questão tiver registrada uma impressão digital, é possível então fazer a comparação desejada.
Pesquisa de CampoFiorini está, agora, partindo para a investigação de casos aos quais tenha acesso. Ele diz que solicitou ao dr. Hernani que lhe fornecesse dados de casos de reencarnação que ele já tivesse pesquisado, mas por questões éticas, ele não pôde fornecê-los, aconselhando-o a procurar estudar novos casos.
Assim, quando esteve em São Paulo para participar do programa Espiritismo Via Satélite, João Alberto pediu que as mães que percebessem seus filhos falando sobre vidas passadas entrassem em contato com ele para que a investigação apropriada pudesse ser realizada. A idéia é que não se desprezem as coisas que as crianças digam, mesmo que pareça não ter muito sentido ou ser apenas produto da imaginação, anotando tudo num papel.
“Chegaram muitas cartas”, explica Fiorini, comentando o resultado de sua participação no programa, e está dando seqüência às investigações. Ele ainda não atingiu seu objetivo na pesquisa científica das impressões digitais ligadas à reencarnação, mas acredita que em breve deverá ter novidades.
É claro que a comprovação de reencarnações também pode ser feita através de outros testes, como o exame grafotécnico, comparando-se a caligrafia da criança com a da pessoa que ela possivelmente teria sido na vida anterior. Da mesma forma com os exames médicos, ou seja, se uma pessoa morre subitamente, assassinada ou em desastres, ela reencarna com determinadas marcas e cicatrizes relacionadas ao evento em questão. O problema é que essas marcas vão desaparecendo com o tempo, de modo que a pesquisa tem de ser feita o quanto antes, enquanto as evidências estão mais nítidas.
Com tudo isso em mente, João Alberto Fiorini está dando seqüência ao seu trabalho de pesquisa e investigação, ao mesmo tempo em que prepara seu livro sobre o assunto. “O meu livro vai ensinar as pessoas a investigar a reencarnação, como uma receita”, ele explica, entendendo que, se um número maior de pessoas se dispuser a tornar públicas as informações nessa área, a pesquisa será facilitada. Seria um livro para mostrar às mães, aos médicos e às pessoas que estejam intimamente ligadas a crianças de 0 a 7 anos de idade, como proceder nos casos citados, coletando o maior número de dados possíveis e anotando tudo o que a criança falar sobre uma possível vida passada, da mesma forma que foi feito na pesquisa do dr. Ian Stevenson e em outros estudos realizados na Índia.
Ainda é grande o número de pessoas que se sente constrangida em falar sobre o tema reencarnação, de modo que nem sempre é muito fácil encontrar quem fale abertamente sobre isso. Além disso, ainda existe o medo do sensacionalismo que alguns veículos promovem em torno de assuntos dessa natureza, afastando ainda mais as pessoas que desejam pesquisar seriamente a reencarnação.
Tendo em mãos as informações obtidas das crianças, Fiorini pode partir para a investigação propriamente dita, levantando os dados e fazendo as comparações. E, com um pouco de sorte, conseguindo fazer a avaliação das diferentes impressões digitais.
Assim, quem tiver qualquer relato sobre possíveis reencarnações, pode enviar para a revista Espiritismo & Ciência. Todo e qualquer relato será confidencial e repassado imediatamente para o delegado dr. João Alberto Fiorini, que realizará as investigações necessárias.
Investigação em Ribeirão PretoRecentemente, João Alberto Fiorini esteve em Ribeirão Preto para ver de perto um caso envolvendo um garoto de cerca de oito anos, e que já havia sido relatado pela avó dele na revista Visão Espírita. Quando a criança tinha apenas três anos de idade, começou a fazer declarações espantosas, exatamente da forma como costuma acontecer com as crianças que se lembram de vidas passadas. Numa dessas declarações, ele disse à avó que, quando ele era grande e ela era pequenina, ele era seu pai. Dias depois, quando a avó esquentava o leite para ele, ele voltou a tocar no assunto, dizendo que quando ela era pequena, ele é que esquentava o leite para ela.
Em outras declarações, disse que, na outra vida, ele tocava numa orquestra e morava num sobrado; também se lembrou que morava numa fazenda, e descreveu o lugar com detalhes. Quando a avó perguntou se ele tinha visto aquilo na televisão, ele disse que estava se lembrando de outra vida.
As lembranças foram ficando escassas à medida que o garoto crescia, como Fiorini diz que costuma ocorrer com todas as crianças. É como se, aos poucos, elas fossem se esquecendo das vidas anteriores e de sua passagem pelo mundo espiritual, do qual aquele menino de Ribeirão Preto também tinha lembranças e contava algumas passagens.
Diz-se que, em 1999, no período em que as lembranças já eram mais raras, ele ouviu algumas palavras em espanhol e sabia o seu significado, como também conhecia o inglês. Ele disse que, se sabia espanhol e inglês, era porque já tinha vivido na Espanha e nos Estados Unidos.
Uma linha de pesquisa possível com relação à sua suposta vida anterior está ligada ao seu medo irracional das explosões de fogos de artifício, e a manchas escuras que ele apresenta nas pernas, que ficaram mais visíveis aos três anos de idade. A explicação do próprio menino é que, em outra vida, ele lutou numa guerra e levou tiros nas pernas; segundo ele, na guerra de 1968. Como ele conhecia muito bem o inglês e se referiu a uma guerra ocorrida em 1968, imediatamente a avó imaginou que ele pudesse estar se referindo ao Vietnã.
Fiorini tentou obter mais alguns dados que pudessem ajudá-lo a confirmar as informações obtidas através dos testes das digitais, mas não foi possível. Dos parentes aos quais o menino se referiu, não existem documentos que possam ser utilizados. E do possível jovem que lutou no Vietnã, é quase impossível saber alguma coisa sem dados mais concretos.
Ainda assim, é um bom registro, nos moldes do que foi feito pelo dr. Ian Stevenson, com informações sendo coletadas antes que a criança perdesse totalmente a lembrança dessas vidas anteriores, o que já está acontecendo.
MARCAS NO CORPO
Fiorini foi convidado por uma família de Avaré (São Paulo) para investigar um caso que teve origem em 1971. Na época, um homem de 31 anos de idade foi vítima de um disparo acidental de arma de fogo vindo a falecer. A família disse que, após vinte anos, ele teria renascido como seu neto e que existiam fortes indícios nesse sentido.
"A partir daí", diz João Alberto, "passei a efetuar várias perguntas de praxe, além de estudar minuciosamente o inquérito policial, bem como suas peças complementares como certidão de óbito, auto de levantamento de cadáver, laudo de exame de corpo de delito, auto de exame de instrumento do crime e, por fim, um exame cardiológico chamado de ecocardiografia, o qual muito me chamou a atenção".
Pelo exame de auto de levantamento de cadáver, Fiorini percebeu que o calibre da arma em questão era 6,35 mm. Coincidentemente, o exame cardiológico da criança apresentava uma fissura interventricular medindo 6,00 mm no ventrículo esquerdo do coração; ou seja, o calibre da arma era quase o mesmo da fissura do coração. Posteriormente, a criança que hoje já tem 11 anos, faria uma cirurgia de coração para fechar o orifício interventricular.
Mais do que isso, Fiorini também solicitou um exame datiloscópico das impressões do falecido e da criança e o resultado foi que as impressões eram quase idênticas de tal forma que foram necessários vários dias para se encontrar pequenas diferenças entre elas . "Não tive mais duvidas !" , diz Fiorini .
"Estava diante de uma situação com fortíssimas evidências de reencarnação, embora o tempo de intermissão fosse de vinte anos".
Inicialmente, o caso foi tido como de um suicídio mas no relatório da autoridade policial, é dito que a esposa da vitima é de opinião que ocorreu um disparo acidental da arma uma vez que na oportunidade o marido não apenas estava calmo como também fazia planos para o futuro pensando em adquirir a casa onde residiam.
Esses casos podem somar-se a uma série de outros semelhantes acumulando evidências fortes no sentido de comprovar a reencarnação, desde que sempre analisados com o critério cientifico rigoroso proposto pelo delegado João Alberto Fiorini .
Quem tiver vontade de enviar relatos sobre situações que possam indicar reencarnação, pode escrever para a revista Espiritismo & Ciencia. Os relatos são sigilosos e enviados diretamente ao pesquisador Fiorini , que tomará as providências necessárias. As cartas podem ser enviadas para : Espiritismo & Ciência
Fonte: http://www.espirito.org.br/
http://www.espiritnet.com.br/Colunistas/caso.html
2.6 - Investigação Científica da Reencarnação
Nas palestras que tenho ministrado a respeito da Terapia de Vidas Passadas, muitas pessoas me perguntam: A reencarnação existe? Podemos prová-la?
Se você fizesse essas mesmas perguntas no oriente, é provável que eles iriam reagir com estranheza, pois lá a reencarnação é uma crença religiosa profundamente arraigada e cultivada pelas religiões hindu, budista e jainista. Desta forma, é natural as pessoas criadas na cultura ocidental não aceitarem a reencarnação prontamente como aproximadamente um bilhão de orientais o fazem.
Na verdade, somos muito pragmáticos, e até mesmo céticos para aceitarmos uma crença sem evidência. Justifica, portanto, essas perguntas serem tão freqüentes em minhas palestras. Costumo responder que a pesquisa sobre a reencarnação dentro de uma metodologia científica, ainda está no seu início. A maioria das pesquisas tem sido feita através da regressão hipnótica para se atingir o inconsciente do paciente.
Muitos pesquisadores investigam também crianças que recordam fatos vividos em suas vidas passadas, cujas recordações se perpetuam até próximo à puberdade. São recordações vinculadas a marcas de nascença (birthmarks). É o caso de um menino de oito anos, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, investigado pelo pesquisador brasileiro João Alberto Fiorini, delegado de polícia, especialista em impressões digitais.
O menino tinha um medo irracional de fogos de artifício e apresentava nas pernas, manchas escuras desde o seu nascimento. A explicação do menino para essas manchas é que, em outra vida, ele lutou numa guerra e levou tiros nas pernas.
No livro 20 Casos Sugestivos de Reencarnação, o Dr. Ian Stevenson, de reputação internacional, professor do Departamento de Neurologia e Psiquiatria da Universidade de Virgínia, relata suas viagens a lugares onde a reencarnação é ainda uma crença comum (Índia, Sri Lanka e Líbano). Stevenson entrevistou mais de 3.000 crianças e encontrou em suas histórias memórias sugestivas de reencarnação. Ele percebeu que as crianças desses países eram mais abertas para esse assunto do que as do ocidente.
O mesmo não ocorre em nossa sociedade que tende a reprimir ou desprezar as conversas irreais de uma criança o que faz com que ela logo esqueça. Fiorini, ao fazer sua pesquisa de campo, orienta as mães para que elas o procurem quando percebem seus filhos falando sobre vidas passadas. A idéia é não desprezar o que as crianças falam, mesmo que pareça não ter muito sentido ou ser apenas produto da imaginação.
Ainda segundo Fiorini, se uma pessoa volta para esta vida com marcas, sinais, cicatrizes, deformações e até mesmo doenças, porque não com as mesmas impressões digitais? Foi partindo dessa premissa que ele começou a fazer um estudo profundo sobre impressões digitais. O pesquisador brasileiro diz que os desenhos formados nas mãos e pés estariam ligados à genética, variando de mão para mão, de raça e sexo. Ele diz: Se você verificar as impressões digitais das mulheres, vai ver que elas têm uma tendência maior à presilha, que é um tipo específico de desenho. E nos homens, o normal é que eles não apresentem a presilha, mas sim, o verticilo, que é um outro tipo de desenho. Fiorini observou as impressões digitais de homossexuais. Ele constatou que os homossexuais apresentavam características de impressões no polegar direito que se aproximavam das características femininas.
Ele fez uma pesquisa com travestis e observou que suas digitais apresentavam a presilha de uma digital feminina. Observou também as digitais de mulheres criminosas, que deveriam apresentar presilha. Mas se surpreendeu ao perceber que a incidência maior era de verticilo, a característica masculina. Por outro lado, vendo pelo lado espiritual, uma pessoa ao desencarnar, fica de 0 a 250 anos no plano espiritual. Ele pode tanto reencarnar rapidamente, quanto pode demorar um tempo mais longo, mas o mais comum é que essa reencarnação ocorra dentro de um período de 40 a 70 anos. Se imaginarmos que uma mulher morre e retorna rapidamente, em mais ou menos dois anos, porém ocupando o corpo de um homem, ela virá então trazendo ainda as características femininas.
Na minha experiência com a Terapia de Vidas Passadas, ao tratar de pacientes homossexuais, percebo que a homossexualidade nada tem a ver com desvio de personalidade, como muitas pessoas ainda insistem em dizer, mas está relacionada com a vida passada e com o fato da reencarnação ocorrer muito próxima da outra vida – de sexo oposto.
Fiorini acredita ser possível um espírito retornar com a mesma digital. Neste sentido, as impressões digitais não se alteram quando o espírito reencarna. Ele ainda não atingiu seu objetivo na pesquisa científica das impressões digitais ligadas à reencarnação, mas acredita que em breve deverá chegar a uma conclusão definitiva. Outros pesquisadores também estão buscando a comprovação da reencarnação através de outros testes, como o exame grafotécnico, comparando a caligrafia da criança com a da pessoa que ela possivelmente teria sido na vida anterior.
Desta forma, devo terminar este artigo reafirmando que a pesquisa científica sobre a reencarnação está no seu início, embora o conceito filosófico da reencarnação seja antigo. Não obstante, a verdade ou ficção da reencarnação na minha prática clínica é irrelevante para o sucesso da Terapia de Vidas Passadas.
Neste sentido, eu tenho o prazer de dizer a qualquer pessoa e a todos que me perguntam a respeito dessa terapia: ela funciona.
Caso Clínico:
Dores constantes no corpo.
Mulher de 42 anos, casada, mãe de dois filhos.
A paciente me procurou determinada a identificar a verdadeira causa de suas dores constantes no corpo, que a perseguiam desde seus vinte anos de idade. Já tinha passado por vários especialistas na área médica e psicológica (ortopedista, neurologista, endocrinologista, acuputor, homeopata, psiquiatra, psicólogo). Embora tivesse se submetido a todos os tipos de exames clínicos entre os mais sofisticados e modernos, seus resultados nada acusavam. Até que um médico homeopata a aconselhou a me procurar. Na entrevista de avaliação, ela me confessou que não tinha mais motivação para viver por causa dessas dores intensas pelo corpo que a dificultavam até em andar. Houve uma época que nem conseguia mais andar por conta dessas dores.
Ao regredir, se viu tirando água do poço. Ela me disse: “Vejo-me de costas, eu e o meu irmão de oito anos. Devo ter por volta de 16 anos. Nós estamos andando pela beira do rio. Vejo uma cobra enorme, aquela que mata um boi. Oh, meu Deus!!! Ela me pegou, se enrolou em mim. Ela é nojenta, pegajosa!!! (começa a chorar copiosamente). Meu irmão fica desesperado e não sabe o que fazer. A cobra está me apertando, está quebrando os meus ossos. Grito muito, pedindo ajuda. Ele sai correndo para pedir ajuda. Vem gente correndo para me socorrer. Mas não adianta mais, a cobra me matou”. Peço para ela avançar na cena e que me descreva os últimos momentos dessa vida. “Sinto muita dor, medo, angústia, muito horror. Mataram a cobra, mas eu já estava morta. Ela me quebrou. No momento da minha morte, veio a imagem de minha mãe dizendo: “Cuidado com o rio. Existem muitas cobras por lá”. O meu irmão nessa vida passada é o meu atual marido. É terrível o que eu passei. Veio muito medo, nervosismo e muita dor.
Após a minha morte física, meu avô já falecido veio me buscar. Fiquei num hospital no mundo astral. O medo, o nervosismo e a dor, me acompanharam até mesmo na vida atual. A dor física que senti na minha morte, trago para a vida atual. Trago também o medo. Sou uma pessoa muito assustada, nervosa e tensa. Percebo que costumo contrair o meu corpo em função disso. No momento da minha morte veio muita tristeza porque eu era uma moça bonita, cheia de vida, com muita vontade de viver. Eu queria ter aproveitado mais essa vida. Veio também um inconformismo pelo que me aconteceu e um vazio muito grande que ainda sinto na vida atual”. Peço- lhe então que reveja toda a vida narrada, e caso alguma coisa a prendesse ainda nessa vida, se algo não tivesse ficado claro, ela se lembraria quando eu contasse de três à zero. Como a paciente afirmou que estava tudo bem, comecei a fazer a reprogramação mental para prepará-la a voltar para o seu estado de vigília (consciência desperta).
Disse-lhe: “Veja como ficou apegada a este passado e como muitos dos sentimentos e sensações físicas estão se repetindo na sua vida atual. Essas dores constantes no seu corpo, são decorrentes das mesmas dores que você sentiu ao ser morta por aquela cobra. Seu medo, angústia, tristeza, esse vazio dentro de si e o inconformismo por ter perdido a vida tão jovem, você ainda nutre e trouxe para esta vida. Portanto, é muito importante se desvincular, soltar o seu passado. Liberte-se então de todo esse passado. Perceba que tudo que aconteceu com você, essa experiência dolorosa, essas sensações físicas e sentimentos foram reais, coerentes nesta vida passada. Porém, hoje nada mais disso é real. São coisas de seu passado. Conscientize-se que hoje você nasceu num corpo sadio, perfeito. Desta forma, não faz mais sentido trazer essas dores físicas.
Compreenda que hoje você vive uma nova vida e agora é um novo momento da sua vida, onde nada mais disso, estas sensações e sentimentos negativos, devem permanecer em você. Imagine agora um lindo portão. Você vai deixar atrás desse portão, todas essas lembranças, experiências e, principalmente, essas sensações e sentimentos negativos de sua vida passada. Imagine que o portão se fecha por completo. Vamos encerrando a sessão. Vou contar até três e, em seguida, você vai abrir os olhos, sentindo um profundo bem estar, estando em perfeito equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual. O.K.? 1... 2... 3. Pode abrir os olhos”.
A paciente estava simplesmente atônita com tudo que o seu próprio inconsciente tinha revelado. Posteriormente, fizemos mais 4 sessões de regressão e, no findar destas, as dores que ela sentia ao ponto de não poder andar, ou subir sozinha os degraus que dão acesso à sala de meu consultório, haviam desaparecido por completo.
Osvaldo Shimoda é colaborador do Site, terapeuta, criador da Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), a Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve canalizada por ele através dos Espíritos Superiores do Astral. Ministra palestras e cursos de formação de terapeutas nessa abordagem.
Fonte: www.somostodosum.com.br
2.7 - Memória Extra - Cerebral e Reencarnação
Dr. Ricardo Di Bernardi
MEC é a sigla que designa memória extracerebral um dos mais recentes fenômenos a integrar o contexto seleto no campo dos fenômenos psi. A parapsicologia surpreendeu os que desacreditavam na evolução dos seus conceitos e apresentou à comunidade interessada nas pesquisas paranormais seu mais novo membro: a MEC. Muito mais precocemente do que se esperava, a MEC foi chegando como quem não quer nada e definitivamente se instalou nos privilegiados camarotes que compõem o contorno do palco dos fenômenos psi. Através da MEC há um mergulho nas águas profundas do passado e também o salto audacioso para o futuro.
Concomitantemente russos e norte-americanos, através de conceituados cientistas de renome internacional, incorporam a memória extracerebral no contexto dos fenômenos psigama. Assim como a Metapsíquica tinha sido derrotada como instituição científica pelos seus adversários julgava-se que a Parapsicologia fosse ter logo o mesmo destino. O temor aos adversários poderia ter levado a um preconceito que impediria o avanço das pesquisas. Acreditamos que o fantasma da estagnação foi exorcizado, pelo menos temporariamente, com o auspicioso advento da MEC.
A designação memória extracerebral apareceu simultaneamente com outras que designam o mesmo fenômeno, como paramemória e reencarnações sugestivas. Apesar de sermos francamente adeptos da reencarnação por uma série de razões, temos de admitir que o termo memória extracerebral se adapta muito melhor à imparcialidade e frieza técnica da nomenclatura psi. A designação reencarnações sugestivas tem um cheiro filosófico tendencioso que deve ser evitado na pesquisa científica verdadeira. O termo paramemória também é isento de qualquer suspeita, embora não seja tão claro e expressivo como memória extracerebral.
MEC é uma espécie de memória que não pode estar contida no cérebro, pois o mesmo só apresenta registros inerentes a esta encarnação, como uma fita magnética onde se registram impressões e ocorrências da vida atual.
As informações da MEC são surpreendentes, e ao se aceitar a existência da mesma já não é possível negar certos fatos, apenas se discutir sobre sua origem. Só resta àqueles que se recusam a aceitar a hipótese da reencarnação a fuga pelas tortuosas, obscuras e simplórias vias da sugestão, ou autosugestão.
Há, no momento, três escolas diferentes na área de pesquisa da MEC. A primeira é a do grupo ocidental integrado pelos investigadores norte-americanos e europeus: de outro lado encontramos o grupo oriental integrado pelos pesquisadores indianos e demais asiáticos; por fim o grupo soviético (C.E.I.), onde a personalidade do Professor Wladimir Raikow, da idônea Universidade de Moscou se destaca sobremaneira. As importantes pesquisas realizadas no Brasil pelo professor Herrnani Guimarães Andrade e outros investigadores, bem como as da vizinha Argentina, são incluídas evidentemente no grupo ocidental.
Deve-se citar, pelo pioneirismo no meio universitário, pelo que se tem notícia, o trabalho do Professor Dr. Hamendras Nat Banerjee, da Universidade de Jaipur, província de Rajastan, na Índia. Tendo iniciado em 1954 conforme informou a Herculano Pires no Brasil vem gradativamente aprofundando seus estudos. Possui imenso fichário de casos que excedem ao milhar. Seus trabalhos e livros são editados em inglês, pela própria universidade.
Nos Estados Unidos o professor Ian Stevenson, catedrático de neurologia e psiquiatria da Universidade da Virgínia, também possui ampla experiência em MEC.
Pela auréola mística que se atribui à Índia e aos indianos, o professor Banerjee tem até exagerado na sua cautela, parecendo às vezes temer ser afetado pelo preconceito ocidental com relação ao conceito de opiniões científicas vindas do Oriente. Na Universidade da Virgínia, Stevenson não tem estas dificulldades e se mostra mais desenvolto nas suas conclusões, chegando a publicar textualmente sua admissão à reencarnação.
Na Inglaterra, pesquisou-se a paranormal Rosemary que, falando egípcio faraônico, revelava recordações de uma vida longínqua sua, relatado no livro This Egyptian Miracle, do Dr. F.H. Mood. Seu colega. Dr. Alexander Canon, médico da corte, publica na mesma época, Reencarnação e Psiquiatria.
Na França, Albert de Rochas foi o primeiro a pesquisar oficialmente a reencarnação por hipnose. Na Rússia, o Dr. Raikow, que utilizou muito a denominação Reencarnações Sugestivas, ao invés de MEC, também serviu-se da técnica hipnótica nas suas pesquisas.
As investigações de Banerjee e Stevenson seguem outro esquema, pois ambos preferem o estudo das recordações espontâneas de vidas pretéritas reveladas basicamente por crianças. Conforme entendem estes cientistas, a naturalidade das informações as tornam de maior veracidade, enquanto que a técnica da regressão de memória ou retrocognição induzida hipnoticamente é artificial e sujeita a ocasionais interpolações do inconsciente do paciente. Na realidade, respeitando o elevado nível de ambas as formas de pesquisar, temos a complementação de informações que cada vez mais atestam a realidade das vidas sucessivas.
O Dr. Stevenson, como já fizemos menção anteriormente, publicou o livro Twenty Cases Suggestive of Reicarnation. Sua obra foi editada com uma apresentação do Professor C.J.Ducasse, presidente da Comissão de Publicações da Sociedade Americana de Pesquisa Psíquica, sendo que sua obra passou a ser o volume XXVI dos famosos "Proceedings". Seu livro tem um total de 362 páginas e era vendido a 6 dólares. Os detalhes são para serem conferidos pelos interessados.
O Dr. Stevenson tinha já um registro de 600 casos, quando escolheu 20 para a elaboração deste livro. Os casos têm algumas características comuns. Considerou o autor que os mesmos são mais comprobatórios quando emergem de recordações naturais de crianças se referindo a vidas anteriores. Na extensa introdução, o Dr. Stevenson descreve minuciosamente sua técnica de pesquisa e todos os cuidados tomados para evitar erros de avaliação ou mesmo fraudes que anulassem ou prejudicassem a pesquisa.
O Dr. Stevenson realmente se deslocou de seu domicílio, atravessou o globo em várias direções, para distantes rincões do planeta, viajando em busca de dados e informações. Seu repertório tem, inclusive, casos brasileiros, sendo dois deles estudados no livro mencionado.
Citaremos resumidamente um dos casos abordados no seu livro a fim de evitarmos repetição desnecessária. Escolhemos o caso de William George Júnior do Alasca, devido a incluir memória espontânea de uma existência anterior, como também haver a previsão da seguinte, até mesmo com sinais de identificação.
William George, o pai, era conhecido pescador do Alasca que acreditava na reencarnação, como quase todos os integrantes mais idosos de sua gente, os índios Tlingits. Pelo que se conta, nos últimos anos de sua vida, passou a ser atormentado pela dúvida no que se refere à existência ou não de vidas sucessivas. Concomitantemente, seu desejo de renascer era muito grande. Conversava com sua nora freqüentemente sobre o assunto e lhe afirmava que se existisse a reencarnação ele faria todo o esforço para conseguir ser filho dela na próxima vida. Como possuía dois sinais de nascença bastante nítidos na pele, sendo um próximo ao cotovelo e outro no ombro esquerdo, dizia também à sua nora que, se voltasse como filho dela, tudo faria para ter a permissão de manter aqueles sinais como identificação. No verão de 1949, com 60 anos, deu a seu filho, casado com a nora mencionada, o relógio de ouro que herdara de sua mãe e lhe disse:
- Eu retornarei. Mantenha este relógio para mim. Vou ser seu filho. Quero saber se há mesmo essa história de reencarnação.
O filho Reginald, ao retornar para casa, entregou o relógio para Susan, sua esposa, transmitindo-lhe o recado do pai. Durante cinco anos o relógio permaneceu guardado numa caixa de jóias.
Em agosto de 1949, o velho George desapareceu em um acidente no barco que capitaneava. Pouco tempo depois. Susan engravida e no dia 5 de maio de 1950 dá a luz um menino; 9 meses após a morte do seu sogro. Susan teve dez filhos e aquele tinha sido o nono. Durante o parto, curiosamente sonhou com o sogro.
De fato, o bebê apresentava exatamente as manchas pigmentadas nos locais idênticos ao do seu avô. O casal resolveu dar-lhe o mesmo nome. William George. A criança teve uma grave pneumonia com 1 ano, iniciou a falar só após os três anos e no início gaguejava muito. Segundo o Dr. Stevenson. William George apresentou um rendimento escolar normal e era possuidor de inteligência adequada à idade, quando o entrevistou.
A proporção que se desenvolvia, foi-se tornando mais clara a semelhança com o avô falecido. Os mesmos gostos e antipatias e as mesmas aptidões. Até mesmo um defeito ao caminhar, que tinha o avô, apresentava-se no menino. Gestos, expressões e postura eram muito semelhantes ao velho William George. Desde tenra idade demonstrava grande habilidade e domínio sobre barcos e pescaria. Manejava redes com um desembaraço que surpreendia a todos. Os "pesqueiros" , locais mais piscosos da baía já sabia intuitivamente e para lá se dirigia os localizando facilmente.
O jovem William George Jr., no entanto, tinha duas características que diferiam muito de seus companheiros: era mais sisudo do que os demais e também mais sensível. Apesar da notória familiaridade com a pesca e os barcos, tinha um expressivo medo d'água.
Muitas outras observações o Dr. Stevenson pôde colher a respeito do caso. O menino se referia à sua tia-avó como irmã. Seus tios, na presente encarnação, bebiam muito álcool e ele se preocupava muito a este respeito, referindo-se a eles como "filhos". Os sobrinhos de seu pai atual (seu antigo filho) brincavam com ele chamando-o de avô, fato que ele recebia de forma muito natural.
William George Junior demonstrou sempre acentuado conhecimento de lugares e pessoas que, na opinião de sua família, vão além do que seria normal esperar-se de uma criança de sua idade, e que não poderia ter sido adquirido pelos processos habituais de aprendizado. O Dr. Stevenson apresenta em seu livro uma lista desses fatos na tabulação que faz anexar a todos os casos que examina.
Finalmente, quando o garoto tinha quase cinco anos de idade, sua mãe Susan resolveu um dia examinar as suas jóias. Quando ela pegou o relógio do sogro, o menino, que não estava próximo e neste momento brincava noutra sala, veio para o quarto e, vendo o objeto que a mãe segurava, disse:
- Olha, o meu relógio!
Agarrou-se ao mesmo tenazmente, afirmando à mãe repetidas vezes que o mesmo lhe pertencia, e foi bastante difícil convencê-lo a deixar guardá-lo novamente. Depois deste incrível episódio, gostava que seus amigos ou parentes ao lhe visitar vissem o "seu relógio". As pessoas que conviviam com a criança foram unânimes ao afirmar que o relógio permaneceu por cinco anos na caixa, desde julho de 1949, quando Susan recebeu de Reginald com a recomendação de guardá-lo, a pedido do velho George. Como não pretendiam usá-lo acabaram esquecendo-se do objeto. Asseguram também que nunca conversaram com a criança acerca do relógio, inclusive o menino era muito pequeno para que pudessem abordar a questão. A família informa também que a identificação do relógio foi inesperada, pois a senhora Reginald não tinha a intenção de mostrá-lo ao menino tão cedo. Simplesmente "aconteceu" a entrada da criança no quarto exatamente no momento em que a mãe examinava o relógio. Foi o garoto quem se interessou e começou a falar, sem que a mãe lhe houvesse sugerido, ou perguntasse qualquer coisa relativa ao objeto.
O Professor Stevenson esteve no Alasca quatro vezes, durante o período de 1961 a 1965. Seu livro é de 1966 e nele comenta que o menino tem começado a se esquecer da personalidade do avô. É uma criança comum e aparentemente não se interessa em falar sobre o assunto. O que leva a crer não haver sugestão dos pais, no sentido de induzir a criança a sentir-se como reencarnação do próprio avô.
O Professor Stevenson entrevistou diversas pessoas de relação da família e relata estas entrevistas, apresenta seus comentários e considera as diversas hipóteses no referido caso além da reencarnação. Aprecia a alternativa simples da hereditariedade, considera a proximidade do avô na árvore genealógica, estabelece raciocínios imparciais e cautelosos.
Diz-nos o Professor Stevenson que seria um erro atribuir-se à genética a explicação de todos os fenômenos observados no caso. Chama a atenção que das dez crianças na família somente William George Júnior tinha as manchas pigmentadas idênticas ao seu avô. O autor, após detalhadas considerações, levanta a hipótese da reencarnação como uma teoria capaz de preencher as evidências observadas. A genética ajuda a compreensão das similaridades entre membros da mesma família; a reencarnação é a teoria capaz de explicar algumas diferenças entre membros da mesma família." (páginas 215/216, do livro comentado). Nas últimas 63 páginas do livro analisa as hipóteses de fraude, criptomnésia, memória genética, percepção extra-sensorial e de personificação, que embora possam em alguns dos casos explicar o fenômeno, não conseguem explicar todos os casos pesquisados. No seu livro, o Professor Stevenson tece considerações sobre a distinção entre reencarnação e possessão espiritual referindo-se a textos de Gabriel Delanne, Allan Kardec. Hodgson e inúmeros outros estudiosos do assunto.
Na página 318 questiona: Se o fenômeno estivesse completamente escorado na ESP ( percepção extra-sensorial), como explicar que estas crianças tenham conhecimento paranormal daquela personalidade específica e daqueles que se relacionam com a mesma, e não manifeste essa faculdade em nenhuma outra situação de suas vidas? Por que os pais dessas crianças, que poderiam transmitir-lhes a informação por via telepática ou parapsicológica, não revelam essas faculdades com relação a outras pessoas e a outros acontecimentos? Por que apenas especificamente de uma personalidade?
Apesar das cautelas tomadas, o Dr. Stevenson declara que a coletânea dos seus 600 casos leva a demonstrar que as personalidades atuais apresentam determinadas características que não podem ter herdado e nem desenvolvido na presente existência. Há alguns anos, um professor catedrático de Neurologia e Psiquiatria da categoria do Dr. Stevenson que se ativesse a esses problemas, estaria com seu conceito seriamente abalado. Ao invés disto, continuou conceituado como cientista e recebendo verbas significativas para suas pesquisas. Não resta dúvida que a palingenesia vai em breve ser ressuscitada pela ciência das cinzas da religião que a incinerou nas fogueiras da Idade Média.
Aguardemos, que as provas serão cada vez mais.
O jornalista Tom Shroder, autor do livro Almas Antigas, acompanhou as pesquisas dodr. Ian Stevenson sobre reencarnação. Ele falou conosco a respeito de seu trabalho, sobre a resistência da ciência em investigar o assunto e como sua vida se transformou após esse contato com o tema.
No Brasil, as pesquisas científicas sobre reencarnação têm sido realizadas principalmente pelo dr. Hernani Guimarães Andrade e pelo dr. João Alberto Fiorini, cujas investigações vêm sendo publicadas pela Espiritismo & Ciência. Nos EUA, a linha de frente dessas pesquisas está a cargo do dr. Ian Stevenson, médico psiquiatra que há décadas vem coletando relatos de possíveis casos de reencarnação em todo o mundo.
Quem quiser conhecer melhor o trabalho do cientista norte-americano, vai encontrar informações muito interessantes no livro Almas Antigas (Ed. Sextante). É mais uma boa oportunidade para se discutir a participação da ciência e as investigações com metodologia científica sobre a reencarnação.
O livro foi escrito pelo jornalista Tom Shroder - editor do conceituado jornal norte-americano The Washington Post - e apresenta as pesquisas de Stevenson, a quem o jornalista acompanhou em diversas viagens pelo mundo. Entre outras coisas, o que o livro mostra é que o pensamento científico só tem a ganhar se conseguir se abrir para novas possibilidades. Além disso, existem cientistas de peso realmente preocupados com questões que, até pouco tempo atrás, eram consideradas como pertencentes apenas ao campo do espiritualismo. O próprio dr. Stevenson, ainda que pouco fale publicamente sobre o tema, deixou bem claro que não se importa com o que os colegas cientistas possam pensar a respeito de seu trabalho, uma vez que está plenamente consciente de que vem agindo com o maior rigor científico possível.
Também é preciso que se diga que, nos últimos tempos, vários cientistas têm demonstrado um interesse verdadeiro em aproximar a ciência de conceitos espiritualistas milenares - mesmo que isso tenha ocorrido mais no aspecto teórico e conceitual. O resultado dessa aproximação tem sido, em muitos casos, a descoberta de noções que já existem há centenas ou milhares de anos, e que só recentemente a ciência tem conseguido conceber e desenvolver.
O caso do dr. Stevenson talvez seja apenas mais claro, mais nítido, uma vez que ele foi a campo recolher testemunhos, e suas pesquisas parecem ter ido mais longe do que a maioria dos cientistas. Recusando-se a se apoiar apenas em teorias, ele passou trinta e sete anos viajando pelo planeta, coletando testemunhos de crianças que alegam ter lembranças nítidas de outras vidas. Não é um procedimento inédito, mas a diferença é que nenhum dos casos estudados estava sob influência de hipnose, da mesma forma como as informações fornecidas podiam ser facilmente verificadas, uma vez que se referiam a existências passadas, porém recentes, e não distantes no tempo, como a Idade Média ou o antigo Egito.
Sem Dogmatismo
Segundo Shroder, um dos aspectos marcantes em Stevenson e que chamou sua atenção é sua postura absolutamente pé-no-chão, verificando minuciosamente as informações obtidas nas entrevistas. E também, quando passou a pesquisar a obra do cientista, o jornalista percebeu que outros cientistas em várias partes do mundo o tinham em alta consideração, apesar de seu nome ser muito pouco conhecido fora do meio acadêmico.
Stevenson jamais deixou de considerar as possibilidades contrárias, aquelas que poderiam deitar por terra qualquer realidade do fenômeno da reencarnação: como, por exemplo, se os pais das crianças interrogadas pudessem, mesmo inconscientemente, estar passando informações a elas. Quando Shroder perguntou a Stevenson sobre essa possibilidade, ele simplesmente respondeu: "Essa idéia nunca deixa de assombrar meus pensamentos". Em outras palavras, não se trata, em hipótese alguma, de uma pesquisa viciada, com uma só direção, mas que está sempre levando em consideração todas as variáveis possíveis.
O pesquisador também vê, com uma clareza raramente encontrada, os problemas pelos quais a ciência passa atualmente. Já em 1989, em palestra proferida na Southeastern Louisiana University, ele dizia: "Para mim, tudo em que os cientistas acreditam agora está aberto a mudanças, e eu fico consternado ao perceber que muitos aceitam o conhecimento atual como algo imutável". E mais: "Se os hereges pudessem ser queimados vivos nos dias de hoje, os cientistas - sucessores dos teólogos, que queimavam qualquer um que negasse a existências das almas no século XVI - hoje queimariam aqueles que afirmam que elas existem". Uma postura confirmando a suspeita de muitos de que a ciência, em vários aspectos, tornou-se tão dogmática quanto as religiões dos séculos passados, tornando-se uma espécie de religião moderna.
Formado em medicina no Canadá pela Universidade McGill em 1943, Stevenson se especializou em psiquiatria e, em 1957, tornou-se chefe do departamento de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia, onde começou a estudar crianças que se lembravam de existências passadas e se dedicou totalmente à pesquisa de fenômenos paranormais. Quando Tom Shroder começou a investigar as publicações científicas à procura de referências sobre o trabalho do dr. Ian Stevenson encontrou, ao lado de cientistas que não aceitavam as provas de Stevenson sobre reencarnação, uma série de pesquisadores que o consideravam um precursor, um homem que iniciou investigações científicas em temas que, até então, eram considerados tabus.
Um deles chegou a compará-lo a Galileu, o que talvez não seja tão exagerado, uma vez que hoje em dia também é preciso coragem para enfrentar o dogmatismo da comunidade científica.
Outra Postura
Talvez alguma coisa esteja realmente mudando na ciência. A quantidade de estudiosos investigando casos ligados à paranormalidade vem aumentando, e a postura de importantes teóricos tem reforçado esses posicionamentos. É verdade que esse não é um movimento tão recente, tendo começado com o pensamento de Fritjof Capra e, mais recentemente, ganhando o apoio de cientistas importantes como Ilya-Prigogine, que estabelece paralelos consistentes entre a antiga filosofia hindu e as modernas teorias da física quântica - capazes de serem aplicadas com sucesso na explicação de assuntos cabeludos, como a reencarnação, fenômenos parasicológicos, a existência de universos paralelos e dimensões alternativas de realidade.
Mas não há dúvida de que, para a ciência, em seus aspectos mais ortodoxos, o que conta é a experimentação, a existência de provas conclusivas, a possibilidade de repetir experiências em ambientes, situações e momentos diversos. Stevenson, como qualquer cientista moderno que conhece o terreno em que está pisando, sabe que existem temas de pesquisa que simplesmente não se encaixam nessas exigências. Ele viajou para a Índia, para o Oriente Médio e muitos outros locais coletando informações, entrevistando as crianças e anotando os dados por elas fornecidos, para só depois partir numa verdadeira investigação policial e reconstituir a vida passada à qual elas se referiam. Isso não pode ser repetido num laboratório.
Assim como se referiu à afirmação de que a alma existe como algo capaz de levar uma pessoa à fogueira - senão literal, pelo menos metaforicamente -, ele também citou uma experiência controlada para verificar a possibilidade da existência dessa parte imaterial do ser humano. Um homem à beira da morte foi colocado numa cama em cima de uma balança. No momento em que morreu, verificou-se que o peso registrado na balança não foi alterado. Assim, se a alma existe e sai do corpo no momento da morte física, certamente ela não tem peso. É uma tentativa até mesmo ingênua, uma vez que estamos falando de valores completamente diferentes, que vão requerer dos cientistas posturas e modos de pensamento muito distantes daqueles aos quais estão eles acostumados.
Na entrevista a seguir, Tom Shroder fala mais sobre seu trabalho com o dr. lan Stevenson.
O fato de você deixar de ser um cético e passar a acreditar na veracidade da reencarnação alterou a forma como você encara a vida?
Primeiramente, quero dizer que meu entendimento básico sobre o assunto não mudou. Eu me aprofundei no trabalho de lan Stevenson com um desejo de examinar seus métodos - para ver as evidências em primeira mão e avaliar sua metodologia e conclusões. Nunca me impressionei com crenças em fenômenos paranormais baseado apenas no desejo de acreditar em algo fantástico ou na sensação de que "tem de existir algo mais".
Isso posto, antes de minhas experiências com o dr. Stevenson, eu não tinha encontrado nenhuma "evidência" sobre a possibilidade da reencarnação que resistisse a tanto escrutínio. Eu estava, sim, muito aberto à possibilidade de que, vistos de perto, os casos de Stevenson poderiam não ser convincentes. Ao estudar esses casos, percebi que uma série de perguntas clamava por respostas:
1 - As crianças realmente haviam feito declarações espontâneas sobre terem tido uma identidade prévia, com informações específicas sobre essa identidade?
2 - As coisas ditas pelas crianças realmente descreviam a vida de uma determinada pessoa falecida que pudesse ser identificada?;
3 - Existia alguma possibilidade da criança ter obtido aquela informação de uma maneira normal?;
4 - Poderia haver algum motivo, consciente ou não, para que a testemunha estivesse mentindo ou fabricando seus relatos?;
5 - O dr. Stevenson estava conduzindo suas pesquisas de maneira objetiva e razoável?;
6 - As evidências eram fortes o bastante para suscitar alguma outra possibilidade alternativa?
Eu não previ como seria afetado emocionalmente se, depois de considerar os trabalhos de Stevenson cuidadosamente, eu fosse obrigado a concluir que não havia uma explicação normal para tudo que as crianças estavam dizendo e fazendo. Por "explicação normal" eu quero dizer qualquer uma que exclua forças ou processos atualmente desconhecidos da ciência. Quando cheguei a essa conclusão, achei muito difícil aceitar. E ainda acho. O maior impacto das constatações em minha vida foi poder vislumbrar em que grau os seres humanos se enganam acreditando entender seu lugar no universo. Os rápidos avanços da ciência e tecnologia criam a impressão de que estamos nos aproximando de todos os mistérios do mundo. Minha experiência com Stevenson me fez confrontar o fato de que os mistérios do mundo são muito maiores do que aquilo que conhecemos. Se ninguém entende as bases da consciência, de onde ela vem ou mesmo qual é sua natureza (e NINGUÉM entende isso), por que devemos nos surpreender quando certas anomalias surgem em volta dela?
Como foi feito o acompanhamento dos trabalhos do dr. Stevenson?
Stevenson estudou esses casos como um detetive policial. Ele seguiu relatos iniciais até à fonte, entrevistou testemunhas em primeira mão, examinou e, em alguns casos, cruzou informações identificando testemunhas que pudessem corroborar ou discordar de um testemunho-chave. Ele confrontou testemunhos verbais com registros escritos sempre que possível, considerou razões prováveis para uma mentira, ou auto-ilusão, buscou caminhos normais através dos quais a criança poderia ter obtido conhecimento sobre a identidade de uma possível vida passada, buscou conexões ocultas entre a criança e sua família com a família da pessoa falecida. Não apenas isso: um colega de Stevenson aplicou testes psicológicos nas crianças que fizeram relatos sobre vidas passadas e, depois, comparou-os ao teste de crianças comuns. Notavelmente, não surgiu qualquer grau de patologia psicológica naquelas que falavam sobre existências anteriores. Elas se mostraram saudáveis, um pouco mais inteligentes e menos sugestionáveis do que a média. Seus professores as consideraram bem ajustadas, mas os pais não muito. É possível entender que os pais de uma criança que afirme não pertencer àquela determinada família tenham dificuldades para lidar com ela.
Você disse que chegou até as pesquisas do dr. lan Stevenson por meio de uma matéria sobre o dr. Brian Weiss. Em que, exatamente, diferem as pesquisas e resultados obtidos por um e por outro?
Os livros de Weiss falam sobre lembranças de supostas vidas passadas de adultos sob efeito da hipnose. Tais casos não possuem os fatos que tornaram os casos de Stevenson - lembranças espontâneas de crianças pequenas - mais convincentes. Por um lado, os casos de hipnose freqüentemente lidam com vidas em um passado distante, tornando quase impossível confrontá-los com a vida de qualquer pessoa historicamente verificável. Os detalhes na "memória" dos pacientes sob hipnose tendem a ser genéricos, do tipo que qualquer adulto poderia obter em livros de História ou filmes, e repetir como parte do exercício hipnótico. Afinal, pacientes sob hipnose são instruídos a relaxar e deixar sua imaginação assumir o controle. Nenhum dos casos de Weiss mostrou qualquer paciente transmitindo informações que não pudessem ter sido obtidas em livros ou filmes. Assim sendo, por que acreditar que tais pessoas estejam falando sobre vidas passadas verdadeiras e não apenas usando a imaginação para se colocar num cenário imaginado? As crianças de Stevenson, por outro lado, fornecem relatos específicos sobre um passado recente. Quando você tem casos em que crianças bem jovens fazem muitas afirmações específicas sobre nomes, lugares, datas e eventos que batem com a vida de uma pessoa recém-falecida e comprovadamente estranha à família daquela criança, isso não pode ser facilmente explicado.
A que você atribui a resistência da ciência para se aprofundar em qualquer pesquisa referente à reencarnação ou à sobrevivência do espírito após a morte?
Três problemas:
1 - Esse tipo de pesquisa não permite investigação laboratorial. O tipo de fenômeno - declarações espontâneas - não pode ser repetido de maneira programada, ou visto através de um microscópio. Tais casos só podem ser investigados como se faria com um crime, ou processo legal - com entrevistas, cruzando informações de várias testemunhas com evidências documentadas. Embora isso possa ser feito com bastante cuidado, alguém sempre pode descartar o caso como "evidência fantasiosa" e, portanto, não-confiável;
2 - Há uma total falta de evidência sobre qualquer mecanismo através do qual a reencarnação se tornaria possível. Stevenson de modo nenhum afirma poder detectar, com instrumentos objetivos, qualquer tipo de "alma" que estaria trazendo lembranças e atributos pessoais de um certo corpo físico, e tampouco aponta qualquer evidência de forças através das quais uma alma, se existir, possa se transferir de um corpo para outro;
3 - Há sempre um conservadorismo na ciência, uma tendência para não encarar com seriedade qualquer evidência que desafie o atual entendimento de como o mundo funciona. Infelizmente, com freqüência, isso se traduz como falta de vontade para até mesmo considerar tal evidência.
Muitos criticaram os casos de Stevenson sem nem ao menos se darem ao trabalho de examiná-los. Se isso acontecesse, essas pessoas descobririam que crianças de todas as partes do mundo estão fazendo relatos extraordinários. Deveria ser natural alguém desejar saber o que está fazendo com que elas digam tais coisas. Ninguém está afirmando que Stevenson descobriu a melhor maneira possível para examinar tais casos. Talvez exista um modo melhor. Eu sei que nada gratificaria mais o doutor do que alguém lhe dizer qual é.
Na Índia
Trinta e sete anos após iniciar suas pesquisas na índia, o dr. Stevenson voltou ao país em companhia de Tom Shroder para investigar o caso de uma menina de sete anos chamada Preeti. Quando foram à sua casa, o pai, Tek Ram, disse que assim que aprendera a falar, Preeti tinha afirmado para os irmãos: "Essa casa é sua, não é minha. Esses são os seus pais, não os meus". Depois dissera à irmã: "Você só tem um irmão, eu tenho quatro". Disse ainda que se chamava Sheila, e deu os nomes de seus "verdadeiros" pais, implorando para ser levada para casa, na cidade de Loa-Majra, onde Tek Ram e a esposa nunca tinham estado. Eles disseram para ela parar de falar bobagens e ignoraram o caso.
Mas, aos quatro anos, Preeti pediu ao vizinho, um leiteiro, que a levasse para a vila. O leiteiro repetiu a história da menina para uma mulher que havia nascido em Loa-Majra e perguntou se ela conhecia alguém com os nomes que a menina disse que seus pais tinham, e se eles tinham perdido uma garota chamada Sheila. A mulher respondeu que conhecia, e que a filha deles, Sheila, tinha sido morta, atropelada por um automóvel.
A história chegou até a vila e o pai da menina morta foi visitar Preeti. Segundo Tek Ram, ela reconheceu o homem e, mais tarde, quando foi até Loa-Majra, reconheceu outras pessoas.
Quando lhe perguntaram como tinha morrido, Preeti disse: "Caí do alto e morri". Quando lhe perguntaram como tinha ido parar naquele lugar, ela respondeu: "Estava sentada à beira do rio. Estava chorando. Não conseguia achar uma mamãe, então, vim para você". O que não batia com a fala de Preeti era o fato dela dizer que havia caído do alto e morrido, quando se sabia que Sheila tinha sido atropelada. Dias depois, Stevenson e Shroder puderam passar por Loa-Majra e o jornalista ficou sabendo que um relatório sobre a morte de Sheila dizia que ela tinha sido jogada a mais de três metros de altura. Outro detalhe que chamou a atenção é que, no acidente, Sheila tinha se machucado na coxa, e Preeti apresentava uma marca de nascença no mesmo local.
Como cientista responsável que é, o dr. Stevenson reconhece a possibilidade do caso ser explicado por outras teorias que não a reencarnação, mas salienta que, muitas vezes, as únicas evidências possíveis de serem coletadas são aquelas baseadas na memória das pessoas.
3 - EVOLUÇÃO
3.1 - TEOSOFIA
SOBRE MÔNADA ( PRINCÍPIO INTELIGENTE )
A Doutrina Secreta: Síntese da Ciência, Religião e Filosofia.
Título original: The Secret Doctrine.
Autora: Helena Petrovna Blavatsky
Como se nos é ensinado na Doutrina Secreta: “Diz o bem conhecido aforismo Cabalístico:
“Uma pedra se torna uma planta; a planta, uma besta; a besta, um homem; o homem, um espírito; e o espírito, um deus”.
A ‘centelha’ anima todos os reinos por sua vez antes que entre e anime o homem divino, entre o qual e seu predecessor, o homem animal, há toda a diferença do mundo... A Mônada - (Super Alma Universal)... existe primeiro de tudo, lançada abaixo pela lei da evolução na mais inferior forma da matéria – o mineral.
“Depois de um ciclo sétuplo encerrada na pedra, ou aquilo que se tornará mineral e pedra na Quarta Ronda, sai dela, digamos, como um líquen.
Passando adiante, através de todas as formas de matéria vegetal, para o que é chamado matéria animal, chega agora ao ponto em que terá se tornado o germe, por assim dizer, do animal, que se tornará o homem físico” (vol I. pp. 266-267).
É a Mônada, Âtmâ-Buddhi, que vivifica assim cada parte e reino da natureza, fazendo tudo ser permeado de vida e consciência, um todo palpitante. “O ocultismo não reconhece nada inorgânico no cosmos. A expressão empregada pela ciência, ‘substância inorgânica’, significa simplesmente que a vida latente, dormitando nas moléculas da assim chamada ‘matéria inerte’, é irreconhecível.
Tudo é vida e cada átomo mesmo do pó mineral é uma vida, embora além de nossa compreensão e percepção, porque está fora do alcance das leis conhecidas dos que rejeitam o Ocultismo” (Doutrina Secreta. vol. I, pp. 268-269).
E mais: “Tudo no universo, em todos os reinos, é consciente, isto é, dotado de uma consciência de seu próprio tipo e em seu próprio plano de percepção".
Constituição setenária segundo a Teosofia:
Segundo Blavatsky, o Absoluto emana de si raios, que são chamados de Mônadas ou Atman. Estas Mônadas são a Essência Imortal do Homem.
O Atman, com o objetivo de individualizar-se, emana de si um princípio mais denso chamado Budhi. Este díade Atman-Budhi reveste-se de princípios cada vez mais densos, e em número de sete:
Corpos do Homem:
1.Atman - O raio do Absoluto, nossa Essência Divina;
2.Budhi - Nossa Alma Divina;
3.Manas - Nossa Alma Humana, ou Mente Divina. É o elo entre a Díade Atman-Budhi e nossos princípios inferiores; O corpo mental de Manas inferior;
4.Kâma Rupa - O corpo de desejos ou corpo emocional, o corpo astral na literatura Teosófica posterior a Blavatsky;
5.Prâna - O corpo vital;
6.Linga Sharira - O duplo etérico, o corpo astral na Teosofia de Blavatsky;
7.Sthula Sharira - O corpo físico, corpo denso.
As Monadas: Veículos de Manifestação
Por: Mario J. B. Oliveira
As Mônadas são descritas como fagulhas do Fogo Supremo, como “Fragmentos Divinos”. O Catecismo Oculto, citado em A Doutrina Secreta diz: “Ergue tua cabeça, ó Lanu; vês uma ou incontáveis luzes acima de ti, ardendo no céu escuro da meia-noite? ‘Distingo uma chama, ó Guradeve; vejo inumeráveis fagulhas aglomeradas brilhando ali”. A Chama é Ishvara, em Sua manifestação como o Primeiro Logos; as fagulhas aglomeradas são as Mônadas, humanas e outras. A palavra “aglomeradas” deve ser notada especialmente, como significado que as Mônadas são o Próprio Logos.
Uma Mônada pode assim ser definida com um fragmento da vida divina, separada como entidade individual pela mais sutil película de matéria; matéria tão rarefeita que, enquanto dá forma separada a cada uma delas não oferece obstáculo à livre intercomunicação de uma vida, assim encaixada, com as vidas similares que a circundam.
A Mônada não é então pura consciência, puro Ser. É uma abstração. No universo concreto sempre há o Eu e seus envoltórios, por mais tênue que eles possam ser, de forma que uma unidade de consciência é inseparável da matéria. É por isso que a Mônada é consciênciamais matéria.
Como a vida das Mônadas provém do Primeiro Logos, podemos descrevê-las como Filhos do Pai, tal como o Segundo Logos é também o Filho do Pai. As Mônadas, porém, são Filhos mais moços, sem qualquer dos divinos poderes que as capacite a agir em matéria mais densa do que a de seu próprio plano – o Anupadaka; enquanto o Segundo Logos, que tem eras de evolução atrás de Si, está pronto para exercer Seus poderes divinos como “o primogênito entre muitos irmãos”.
A Individualidade das Mônadas:
Quando está no reino mineral, a vida, às vezes, é chamada “Mônada mineral”, tal como em estágios posteriores será chamada “Mônada vegetal” e “Mônada animal. Contudo, esses títulos são causadores de equívocos, porque parecem sugerir que uma grande Mônada anima todo o reino, o que não é o caso, já que mesmo quando a essência monádica surge pela primeira vez entre nós, como Primeiro Reino Elemental, não é uma só Mônada, mas muitíssimas Mônadas: não é uma grande fluxo de vida, mas muitos fluxos paralelos, cada qual possuindo características próprias.
Quando a Emanação alcança o ponto central do reino mineral, a pressão descendente cessa e é substituída por uma tendência ascendente. A “exalação” parou e a “Inalação” ou absorção começou.
Todo o plano tende, cada vez mais, para a diferenciação e os fluxos, descendo de reino para reino, vão se dividindo e subdividindo mais e mais. O processo de subdivisão continua até que – ao fim do primeiro grande estágio de evolução – seja finalmente dividido em individualidades, isto é, em homens, cada homem sendo uma alma distinta e separada, embora tal alma seja, de início e como é natural, sem desenvolvimento.
As matérias preparadas pelo Terceiro Logos são compostas pelo Segundo Logos em fios e tecidos com os quais serão feitas as futuras roupas, isto é, os corpos.
Assim o Segundo Logos “tece” vários tipos de pano, isto é, de matéria com a qual mais tarde serão feitos os corpos caudal e mental dos homens. Do tecido de matéria astral, ou substância de desejo, serão feitos posteriormente os corpos astrais dos homens.
Toda essa movimentação descende da Onda-de-vida através dos planos, dando qualidades aos vários graus de matéria, é uma preparativo para a evolução e é com freqüência e mais apropriadamente chamada Involução.
Depois de atingir o mais baixo estágio de imersão na matéria, tanto a Primeira como a Segunda Emanação voltam-se para cima e começam sua longa ascensão através dos planos: essa é a evolução propriamente dita.
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A Mônada: É a centelha Divina, é uma partícula da Divindade, elas formam o espírito humano. A Mônada contém em si todas as possibilidades do Pai, pois ela possui em si, a Consciência Divina. Tem consciência autônoma, portanto tem capacidade criadora. - Quando o processo de manifestação se inicia, ou seja, quando a Mônada desce à matéria, ela se diferencia em três aspectos: 1. Vontade/Poder2. Amor/Sabedoria3. Inteligência ativa - Se diferencia novamente triplamente, conforme vai se aproximando da matéria. Nesse estágio é chamada tríade espiritual:
1. Vontade espiritual
2.Intuição
3. Mente
Em cada plano a Mônada possui um estado de consciência diferente. No momento da manifestação, a Mônada emite uma chispa de si mesma e se conecta com o homem nascente, no seu corpo mental superior e se constitui, nasce, o corpo causal, ou alma. Assim está formada a individualidade, que se manterá encarnação após encarnação desse ser humano. Assim surge a autoconsciência.
"A consciência dorme no mineral, respira no vegetal, sonha no animal e acorda no hominal".
Autor Desconhecido
(Alguns autores afirmam ser de autoria de Léon Denis)
3.2 - EVOLUÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL
3.2.1 - Processo estrutural
A reencarnação tem duas etapas bem delineadas.
O processo evolutivo Vertical, que é entre os reinos (mineral, vegetal, animal e hominal) e o processo evolutivo Horizontal que é um processo linear constante evolutivo dentro do próprio reino. Esses dois processos trabalham juntos num processo diagonal espiralado.
3.2.2 – Os Astros
Evolução é o universo respirando, no fluxo e refluxo de um pulsar constante. Assim ele se movimenta, e nascem as estrelas, em energias espiraladas, que se plasmam, carregadas por ventos estelares essas nuvens eletromagnéticas, vivas, brilhantes dançam constantemente formando corpos luminosos.
Energias gigantes se condensando, incorporando uma massa, e como tudo no plano físico, nasce, vive e morre com o pulsar milenar, as estrelas gigantes, vão se encolhendo, esfriando e no seu lento morrer, se transformam. Muitos planetas, já foram estrelas depois se esfriam e morrem quietos sem rotação, sem vida, frios como a lua sem vida.
A terra dança, tem calor, tem um fogo por dentro (magnitude = energia que está no seu núcleo), tem vida, se plantarmos uma semente o calor da terra vai germinar essa semente, junto com água e ar (os quatro elementos trabalhando = água, fogo, terra e ar).
Mesmo que colocássemos atmosfera na lua, e plantássemos uma semente ela não germinaria, pois falta o calor do elemento fogo, a energia, pois a lua está MORTA, é estéril, não germinaria uma semente.
Como um dia será a nossa terra, que como um ser vivo possui o seu ciclo vital (nascer, viver e morrer = início, começo e fim).
Os planetas e astros só se movimentam em conjunto, dentro de um sistema. Um pequeno átomo tem a mesma aparência de um SISTEMA PLANETÁRIO, notem que o átomo tem os eletróns, prótons e neutrons todos circulando em torno do seu núcleo.
Note também os CHAKRAS magnos também possuem o Chakra magno no centro, em volta grandes, os médios e os pequenos ao seu redor como se fosse um sistema solar, como se fosse um simples átomo. O coronário possui 5 chakras grandes em sua volta e cada grande possui chakras médios em seu redor que por sua vez possuem chakras pequenos em seu redor.
3.2.3 – O Reino Mineral
A mônada, molécula atômica, oriundas na mais sutil energia, tendo em si a força criadora, em forma de chuva, desce ao plano concreto, de forma espiralada, penetrando dessa forma no seu primeiro contato, animando o reino mineral. O ser humano começa sua senda evolutiva dessa forma, dando inicio a sua epopéia em milhares de reencarnações.
No mineral essa energia disforme é o principio mais denso da matéria, princípio vital, porém inorgânico, sem órgãos, não se locomove, não se auto-reproduz, por não possuir órgãos.
Principio Mineral: - É preciso falar das forças dos elementos (fogo, água, ar, terra) da energia etérica, semi-física elo primordial (éter universal), das energias cósmicas mais sutis. Essa fusão é comandada pelos reinos elementais, seres que gerenciam a vida oculta, dos elementos da natureza. Neste processo estão inserido muitas classes de seres inclusive aqueles que nunca serão humanos.
Uma pedra, não possui a vida por nós entendido, possui uma energia bruta moldada por três forças naturais físicas, semifísicas e espirituais e através do reino dos elementais: Evolui gradativamente através dos elementos.
As pedras formam as montanhas que foram forjadas pelo fogo vivo do CENTRO da terra (magma) e brotaram formando as grandes cadeias montanhosas do planeta, essas placas foram se movimentando e formando continentes, as pedras também morrem quando perdem sua estrutura se transformam em pó, quando voltam a ser areia e essa areia escorrega por entre as placas e volta a ser forjada pelo fogo na junção de dois elementos poderosos a terra e o fogo. A montanha entra em conflito com outros dois elementos a água e o ar que desgastam a pedra transformando em areia e o processo é cíclico nos milhares de anos que se passam.
Como vê a vida é dinâmica e contínua e esse processo todo, trás essa energia bruta que evolui. Dentro do minério a vida pulsa, num contínuo processo esta vida se esvai, a pedra se desmorona, vira pó. Esta organização molecular que dá sustentação a estrutura da pedra, é viva, e vibra é o primeiro sinal da vida, uma energia que está ligada com todo o planeta, com todos os elementos.
No reino Mineral a vida evolui na forma Horizontal e estática (as camadas na terra são como fatias de um bolo na horizontal), esse processo vai evoluindo e elementos orgânicos se formando. É nas águas das fontes e rios, águas que brotam fundo da terra, trazendo elementos minerais que ressurgem as primeiras transformações, como os líquens, musgos, e outros elementos com estruturas orgânicas simples que surgem nas profundezas do mares, rios, cavernas.
3.2.4 - Reino Vegetal
Os minerais são inorgânicos, portanto não possuem órgãos, não podem se reproduzir, não possuem movimentos, não crescem, mas possui energia uniforme. Se partimos uma pedra ela continua com sua energia e estrutura, nos pedaços.
Já os vegetais possuem uma vida vertical e estática, mas as florestas todas são como lanças cravadas na vertical, cujo cérebro que são as raízes está cravado na mãe terra, ainda em convívio com o reino anterior na escala evolutiva.
Sua vida energética é a mais básica existente, a mais primitiva possível, não possui memória, é apenas um lastro que mantém sua estrutura molecular. Porém ela se deteriora, se desestrutura (vira pó) apodrece, se desmancha virando areia, barro, argila terra e ao contato com água e ar (umidade)começam a surgir os Vegetais primitivos como fungos, algas e liquens.
Os vegetais começaram sua vida nas água. Possuem órgãos sexuais a partir daí podem se auto-reproduzir, possuem uma anatomia mais independente e na medida que essa energia se organiza nasce os primeiros traços de uma inteligência.
Os vegetais possuem raiz de onde se nutrem, alimentando-se e desenvolvendo-se do reino mineral, caule e órgãos sexuais ficam em contato com a luz e com a ação do elemento ar, na polinização, na fotossíntese que é o processo através do qual as plantas, seres autotróficos (seres que produzem seu próprio alimento) e alguns outros organismos transformam energia luminosa em energia química processando o dióxido de carbono e outros compostos.
Como vê os 4 elementos físicos estão presentes na continuidade evolutiva dos vegetais, o calor da terra, os nutrientes da terra, ar e água. A inteligência dos vegetais está na sua alma coletiva, as matas, florestas na sua diversidade convivem harmonicamente sem entrar em conflito.
Entrar dentro de uma floresta e sentir suas vibrações energéticas é conversar com os vegetais, as energias captadas pelo folhas e galhos são do quinto elemento, que é a energia prânica, que distribui como flechas em direção ao solo. Estar embaixo de uma árvore é receber essa chuva espiralada energética.
Quanto mais profunda for as raízes de uma árvore melhor serão os benefícios energéticos que teremos ao ficar embaixo de uma árvore.
Mas os vegetais não possuem o instinto, pois não podem se Locomover, sua vida é na VERTICAL, os cabelos são as raízes e bocas que se nutrem de nutrientes e minerais, que sobem pelo tronco transformando-se em energias que se preparam para a auto-reprodução. Da própria água, ressurgem as primeiras estruturas unicelulares animais, como amebas, e tantas estruturas ainda desconhecida pela ciência, residentes, no fundo dos oceanos, fungos, parasitas, micróbios, bactérias, etc.
Nota sobre Vírus: Vírus é uma partícula, basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular.
3.2.5 - Reino Animal
Já foi questionado por diversos cientistas a origem da vida no nosso planeta terra, tem até teoria dela ser trazida para cá pelos ET’s, porém é preciso compreender que, onde existir os quatro elementos ativos da natureza física e o elemento cósmico universal (astral – elo cósmico – alimento vital), a vida irá ser formar por conta própria.
Quando os vegetais evoluem organicamente no ápice criam estruturas animadas unicelulares primárias capazes de se movimentar tornar-se animado, por isso o nome animal = animus (principio espiritual), colônias de fungos, micróbios, parasitas, bactérias, vírus. Ao contrário do que se pensa quanto maior uma árvore estruturalmente, mais primitiva ela é.
A evolução do reino vegetal se dá pela complexidade estrutural como é as plantas carnívoras, principalmente nas profundezas do mar.
Por isso o que anima esse conjunto micro-orgânico, e um espírito grupal em formação evolutiva e um dos motivos que leva eles a evolução é o desenvolvimento de instintos primordiais como: INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA, forma-se então a CADEIA ALIMENTAR. Porque os animais, passam a caçar seus alimentos externamente.
Na medida que existe a morte, estas estruturas retornam as suas origens e renascem novamente, sempre agregando experiências, e trocando de níveis conforme a mudança estrutural energética, reflete na reencarnação física, quando um espírito grupal une-se a outro para formar um novo grupo acasalando as energias, renascendo em outra estrutura mais evoluída, dentro do micro-mundo.
Quanto mais evoluído for a alma grupal, mais instintos vão agregando, O MEDO é um dos instintos básicos, que faz com que ao longo da existência a alma coletiva do grupo vá criando defesas e reconhecendo o seu inimigo natural na cadeia alimentar. Uma alma grupal sempre se preocupa em não morrer integralmente, sempre se preocupa em preservar algumas espécies.
Colméias, formigueiros, cardumes de peixes, bandos de aves e todos tem o mesmos instintos básicos, agem da mesma forma, porque são comandados por essa alma coletiva elementar da natureza, que se desenvolveu ao longo das eras e faz parte do processo evolutivo.
Soltando-se essas energias, elas se organizam em colônias, são os insetos, essas colônias evoluem para menores grupos, esses espíritos grupais vão se acoplando até chegar em sua individualidade, como é o caso de alguns cães, gatos, macacos, cavalos que se mostram inteligentes e entendem seu donos, começam a ter almas individualizadas, depois entra na cadeia humano, nascendo em tribos primitivas neste planeta ou em próximos em outro sistema planetário vizinho ao Sistema Solar.
3.2.6 - Animais Extintos
- Dinossauros e os animais extintos?
quinto elemento (elemento energético = Éter Universal) é primordial para explicar a evolução dos planetas, ele carrega o princípio energético que impulsiona a vida, conforme o grau de evolução do planeta, o princípio inteligente efetua sua descida à matéria para que esta última a auxilie no despertamento desta "divindade latente".
E é aí que começam os estágios nos reinos. Um estudo mais detalhado pode esclarecer sobre as potencialidades que afloram em cada período e do grau evolutivo de cada planeta.
Na medida que o planeta evolui, a sua aura vai mudando os padrões que ficam menos densos, não existindo energias de padrões primitivos não existirá possibilidade de surgirem vidas pré-históricas.
Apesar do nosso planeta ainda ser embrionário e pouco evoluído, existem ainda planetas em formações, que estão passando pelo que a terra já passou.
3.2.7 - O Elo Perdido
Muito se tem falado do elo perdido (Darwinismo), uma espécie de macaco-homem. Porém o homem primata, está relacionado a evolução planetária, não a evolução reencarnatória do espírito. Um espírito do reino animal, pode ser um cão inteligente, com princípios racionais e penetrar no reino hominal, na próxima reencarnação, nascendo ser humano com atributos ainda primitivos e grosseiros, mas totalmente integrado ao novo reino, para seguir sua evolução linear e horizontal no processo evolutivo.
Por isso o elo perdido, jamais será encontrado, pois ele está vinculado a EVOLUÇÃO DO PRÓPRIO planeta. Isso configura a hipótese lógica de que um dinossauro, não poderia sobreviver atualmente da terra, porque os elementos já não são o de sua época, o etérico era mais denso, as energias primitivas. Talvez se isso possível, esses imensos animais seriam disseminados por uma simples gripe, já que não possuem anticorpos apropriados para enfrentar as mudanças energéticas das colonias virais.
Evolução:
Desde o principio, note que a natureza em todos os sentidos preza pela evolução, parece que existe uma escada espiralada, por onde todos os seres sobem, desde o reino mineral até o reino animal.
Nota-se também a inteligência existente em todos os reinos, que responde aos estímulos ambientais, Darwin já havia demonstrado como a tendência dos animais em se afastarem de sua origem ancestral por mutação ou seleção natural, formando novas espécies com novas características. Chega-se ao homem, não de favor, mas puramente por meio da evolução.
3.2.8 - Reino Hominal
O homem carrega consigo uma bagagem mais refinada de energias, mas um corpo denso mais preparada para os desgastes e embates que enfrentará pela escada evolutiva.
Não trás mais o couro resistente nem os músculos poderosos, esses ao longo da evolução não foram suficientes para ser o mais forte. Foi a inteligência, o raciocínio que deram ao homem o senhor de todas as espécies, vivendo e se adaptando em qualquer parte do planeta e será também fora dele.
Quando o homem nasce trás consigo, uma energia poderosa, o seu espírito. Este é o seu legado, uma energia bruta, mas capaz de se refinar, capaz de pertencer as mais finas e vibrantes energias do universo.
INSTINTO X RACIONALIDADE:
Nasce no homem um grande conflito, sua guerra pessoal, vencer seus próprios instintos. A racionalidade, trás a livre escolha, o DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA, onde ele pode desenvolver a capacidade de pensar e escolher, o Livre Arbitrio. Isso nasce com o EGO, com a individualidade, a capacidade que faz com que um ser humano não seja exatamente igual a outro, como são os animais, que agem por instintos e hábitos previsíveis. Heis a evolução! Crescer.
Nesta batalha de se tornar um ser humano, espiritualmente estamos falando de energias primárias, pesadas, que apenas sonha em ser um Deus, pois trás na sua estrutura espiritual essa energia ainda cheia de impurezas, precisa ser tratada, lapidada, esculpida, passar pelo ar, pelo fogo, pela terra, pela água, nascer e renascer quantas vezes for preciso, para refinar-se, sutilizar e transcender para dimensões superiores, libertando-se do ciclos reencarnatórios.
- O QUE SÃO ESSAS IMPUREZAS?
– São densidades energéticas, resquícios da evolução, da rigidez da pedra, da possessividade dos vegetais, da força bruta dos animais selvagens, do medo da gazela, da voracidade de um leão. São sentimentos arraigados na alma, que através dos renascimentos, vão sendo tratados e energeticamente vai limpando da carne densa até sua aura, e construindo corpos melhores a cada evolução.
O próprio corpo físico vai ficando mais sutil em suas formas, em sua composição em seu cheiro, vai suportar mais as energias mais sutis.
O homem é um só em todos os sentidos, desde ao seu espírito mais refinado até o seu corpo físico, nada é emprestado, tudo é construção dele. Um óvulo e um espermatozóide são apenas o principio no qual o seu espírito vai construir com sua energia o seu corpo que suportará a sua manipulação energética.
Um corpo comum sucumbiria em poucos minutos um espírito evoluído de um Buda ou Cristo, porque não suportaria a energia, pura e radiante, entraria em autocombustão ou se desintegraria.
Portanto cada um tem o corpo que merece. Com suas doenças, com suas virtudes com seus defeitos.
Não digam por aí que este corpo que te carrega agora é passageiro, pois ele é o reflexo mais vivo do teu espírito.
- PORQUE NÃO LEMBRAMOS DE OUTRAS VIDAS?
Espiritismo:
O homem não pode e nem deve saber tudo, inclusive, não deve lembrar do seu passado (encarnações anteriores).
O Espírito encarnado perde a lembrança do seu passado. Deus assim o quer em Sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si
Livro dos Espiritos - Questão 392
Obs: Como seria para um espírito reencarnado se apaixonar e casar com sua própria mãe de uma vida anterior?
ESPIRITUALISMO
Para que lembrar, do que serviria, só atrapalharia, no cumprimento dos ENLACES CÁRMICOS.
A vida é uma só os renascimentos são capítulos, um dia lembraremos de tudo, no dia em que adquirirmos um espírito puro, que será capaz de entender sem culpa todas as atrocidades que foram feitas para estar onde está.
Mas não lembramos, porque nossa memória INTEGRAL está num estágio elevado (PLANO ABSTRATO) - Plano mental superior, no topo energético da pirâmide, está no CORPO CAUSAL, não tem como chegarmos até este local vivendo na densidade (Plano concreto) da energia plasmada em matéria (energia densa modelada, ESTAGNADA).
Lembraremos lentamente os capítulos da vida, aos poucos vai se clareando o verdadeiro mundo, na medida que vamos SUTILIZANDO nossas energias.
A evolução é um processo lento, as vezes carregamos uma energia negativa (sentimentos e emoções), por várias vidas, até expulsar e purificar energeticamente, por isso cabe ao ser humano apressar sua evolução ajudando o processo natural, através de um ação mais ativa:A BUSCA DE SI MESMO.
Existe um código de ética universal, que é aplicado em todos os planos, em todos os mundos: O amor universal neste amor reside todos os outros conceitos, como dignidade, honradez, interesses coletivos acima dos privados.
- QUAL O SENTIDO DE EVOLUIR, PARA ONDE VAMOS?
As mônadas, são centelhas, divinas, que descem ao plano para criar seres purificados em energia, e ascendem para o oceano cósmico, potencializados, como ser integral, unindo-se ao todo.
Por isso o ser nasce da chuva cósmica, reencarna-se, verticalmente e horizontalmente nos reinos, unifica-se ego, individualiza-se para tratar as energias e retorna-se para integralização no todo (plano monádico).
OUTRAS EXPLICAÇÕES SOBRE A EVOLUÇÃO:
- ORIGEM DO UNIVERSO
- ORIGEM DA VIDA NA TERRA
3.3 - INTERMISSÃO REENCARNATÓRIA:
3.3.1 - Intermissão:
Termo empregado por Hernani Guimarães Andrade (cientista brasileiro) para designar, em Espiritismo, o intervalo entre encarnações.
LIVRO PERISPÍRITO:
"Nas fases de intermissão os centros vitais nada perdem em importância, na sustentação do dinamismos perispirítico, embora com algumas transformações importantes, principalmente, nos centros gástrico e genésico, como informa André Luiz (espírito)".
Zalmino Zimmermann - 2a Edição Revisada e Ampliada
LIVRO DOS ESPÍRITOS:
A alma no intervalo das encarnações foi definida por Allan Kardec como Espírito errante, que aspira a novo destino, que espera.
Dizem todos os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, a fim de fazerem a sua escolha para a próxima reencarnação.
Esses intervalos podem durar desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Propriamente falando, não há extremo limite estabelecido para o estado de erraticidade, que pode prolongar-se muitíssimo, mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o Espírito terá que volver a uma existência apropriada a purificá-lo das máculas de suas existências precedentes.
Essa duração é uma conseqüência do livre-arbítrio. Os Espíritos sabem perfeitamente o que fazem. Mas, também, para alguns, constitui uma punição que Deus lhes inflige. Outros pedem que ela se prolongue, a fim de continuarem estudos que só na condição de Espírito livre podem efetuar-se com proveito.
Allan Kardec
O LIVRO DOS ESPÍRITOS:
Os Espíritos errantes não têm liberdade para ir a todos os mundos. Pelo simples fato de haver deixado o corpo, o Espírito não se acha completamente desprendido da matéria e continua a pertencer ao mundo onde acabou de viver, ou a outro do mesmo grau, a menos que, durante a vida, se tenha elevado, o que, aliás, constitui o objetivo para que devem tender seus esforços, pois, do contrário, nunca se aperfeiçoaria. Pode, no entanto, ir a alguns mundos superiores, mas na qualidade de estrangeiro. A bem dizer, consegue apenas entrevê-los, donde lhe nasce o desejo de melhorar-se, para ser digno da felicidade de que gozam os que os habitam, para ser digno também de habitá-los mais tarde.
Allan Kardec.
LIVRO DOS ESPIRITOS:
O Espírito pode apressar ou retardar o momento da sua reencarnarão. Pode apressá-lo, atraindo-o por um desejo ardente. Pode igualmente distanciá-lo, recuando diante da prova, pois entre os Espíritos também há covardes e indiferentes. Nenhum, porém assim procede impunemente, visto que sofre por isso, como aquele que recusa o remédio capaz de curá-lo.
Allan Kardec – Questão: 332
LIVRO DOS ESPIRITOS:
O Espírito pode, também, escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este apresente ainda serão, para o Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos que lhe oponha. Nem sempre, porém, lhe é permitida a escolha do seu invólucro corpóreo; mas, simplesmente, a faculdade de pedir que seja tal ou qual. Se o Espírito recusar, à última hora, tomar o corpo por ele escolhido, sofreria muito mais do que aquele que não tentasse prova alguma.
Allan Kardec
LIVRO MISSIONÁRIOS DA LUZ:
"São inúmeros os projetos de corpos futuros nos setores de serviço das instituições reencarnacionistas. Depreende-se, da maioria deles, que todos os enfermos na carne são almas em trabalho da ingente conquista de si próprias. Ninguém trai a Vontade de Deus, nos processos evolutivos, sem graves tarefas de reparação, e todos os que tentara enganar a Natureza, quadro legítimo das Leis Divinas, acabam por enganar a si mesmos. A vida é uma sinfonia perfeita. Quando procuramos desafiná-la, no círculo das notas que devemos emitir para a sua máxima glorificação, somos compelidos a estacionar em pesado serviço de recomposição da harmonia quebrada".
Francisco Cândido Xavier – por André Luiz Pág. 165 - 36ª edição.
3.3.2 - Planos Astrais
CONSCIÊNCIA ESPÍRITA:
Os reinos do espírito geralmente são descritos como dimensões ou planos que se distinguem pelas densidades diferentes, ou oscilações vibratórias (freqüências), da substância neles contida. Essas várias dimensões se interpõem umas às outras, da mesma maneira que os nossos veículos conscienciais se interpõem também dentro de nós mesmos.
Os planos astrais geralmente são divididos em: ( Leia mais sobre o Plano Astral )
- baixo ou inferior;
- mediano ou intermediário;
- alto ou superior, embora os contatos tenham revelado que, de fato, cada uma dessas divisões contêm inúmeros outros sub-planos, ou seja, inúmeras dimensões de vibrações variadas.
Os domínios astrais inferiores são descritos como uma dimensão de escuridão, podendo ser comparados ao purgatório ou inferno, descritos pelo Cristianismo. Algumas pessoas que acalentam pensamentos de baixa-vibração e hábitos vis, depois de morrer, são aparentemente "puxadas" para essas regiões, permanecendo próximas ao plano físico em um estado de confusão mental-emocional.
Os domínios astrais medianos, ou intermediários, são descritos como um reino agradável. Neles, a maioria de nós desperta para reabilitação, depois do período de educação terrestre, que corresponde a uma escola de duras lições.
Os domínios astrais mais elevados são aparentemente reinos maravilhosos, o chamado Céu dos cristãos, ou Summerland dos espiritualistas.
Os planos mentais-causais são descritos como um reino de inspiração divina, livre de desejos terrestres e de todo conflito. Os seres dessas dimensões, aparentemente, são os agentes inspiradores das muitas inovações artísticas e técnicas na Terra, enviando mensagens silenciosas aos seus habitantes.
Os planos celestiais estão muito além da compreensão da maioria das pessoas.
Atualmente, todo contato feito através da Transcomunicação Instrumental parece ocorrer com os seres desses domínios astrais acima mencionados, desde as zonas mais próximas, entre o plano terreno denso, onde predominam a decepção, o medo e a violência, até os reinos mais elevados, mais sutis, de puro amor, Luz e sabedoria.
3.3.3 - RESTRINGIMENTO DO CORPO ESPIRITUAL
Aproximando-se o momento de reencarnação, o Espírito reencarnante, comumente, entra em gradativo processo de redução psicossômica (lembrando o chamado fenômeno da ovoidização), o qual acontece concomitantemente com a diminuição da consciência de si.
Para os Espíritos superiores dispensariam esse apagamento da consciência, pelo menos, até as fases finais. No momento da concepção do corpo que se lhe destina, o Espírito é apanhado por uma corrente fluídica que, semelhante a uma rede, o toma e aproxima da sua nova morada. Desde o instante da concepção, a perturbação ganha o Espírito; suas idéias se tornam confusas; suas faculdades somem.
No ato da reencarnação, as faculdades do Espírito não ficam apenas entorpecidas por uma espécie de sono momentâneo, todas, sem exceção, passam ao estado de latência.
PERISPÍRITO – Zalmino Zimmermann p.39/40
OBRAS PÓSTUMAS – Kardec - cit.pp.202 / 203 *
ESTADO DE LATÊNCIA:
Período de inatividade entre um estímulo e a resposta por ele provocada.
Presença de elementos psíquicos esquecidos na esfera subliminar da consciência, donde podem ressurgir.
REDUÇÃO PSICOSSOMÁTICA (RESTRINGIMENTO):
Para reencarnações compulsórias e adiadas, e pequeníssimo corpo ovalado em que resulta, contendo todo o substrato do Espírito reencarnante, sendo que os pontos indicados correspondem aos seusCentros de Forças (Chakras).
IMAGENS DO ALÉM – Heigorina Cunha / Espírito Lucius
Miniaturização ou restringimento, no Plano Espiritual, significa estágio preparatório para nova reencarnação.
E A VIDA CONTINUA - Francisco Cândido Xavier – André Luiz
3.3.4 - SANGUE E PERISPÍRITO
O corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez ainda não saiba que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. Na organização fetal, o patrimônio sangüíneo é uma dádiva do organismo materno. Logo após o renascimento, inicia-se o período de assimilação diferente das energias orgânicas, em que o “eu” reencarnado ensaia a consolidação de suas novas experiências e, somente aos sete anos de vida comum, começa a presidir, por si mesmo, ao processo de formação do sangue, elemento básico de equilíbrio ao corpo perispirítico ou forma preexistente, no novo serviço iniciado.
O sangue, portanto, é como se fora o fluido divino que nos fixa as atividades no campo material e em seu fluxo e refluxo incessantes, na organização fisiológica, nos fornece o símbolo do eterno movimento das forças sublimes da Criação Infinita. Quando a sua circulação deixa de ser livre, surge o desequilíbrio ou enfermidade e, se surgem obstáculos que impedem o seu movimento, de maneira absoluta, então sobrevém a extinção do tônus vital, no campo físico, ao qual se segue a morte com a retirada imediata da alma.
OBRAS PÓSTUMAS – 26a. ed. FEB – Kardec - Pág. 203 - André Luiz 1943
O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas.
3.3.5 - TEMPO ENTRE UMA REENCARNAÇÃO E OUTRA
Obviamente ele varia de acordo com o número de encarnados. Segundo Elsie Dubugras, é um incognita um cálculo exato.
Mas criou-se um gráfico aproximado pelo estudiosa Drª Helen Wambach extraído do Livro Reliving Past Lives que tem os seguintes números:
- Em 2000 antes de Cristo uma pessoa levava em media 900 anos entre uma encarnação e outra.
- Em 1000 antes de Cristo uma pessoa levava em média 610 anos
- Em 500 a.C. uma pessoa levava em média 550 anos.
- Em 500 anos Depois de Cristo levava em média 350 anos
- Em 1000 anos d.C. levava 250 anos.
- Em 2000 anos d.C levava 50 anos em média.
- Em 1952 a média era de 600 anos.
- Em 1975 a média era de 409 anos
- Em 1987 a média era de 236 anos.
Resta-nos saber se somente esse planeta físico é usado para as reencarnações. Segundo os Teosóficos e o próprio Kardec, existem muitos planos físicos como a terra.
As TVP (Terapia de Vidas Passadas) ajudaram a alguns estatísticos a coletarem dados mais precisos, mesmo assim longe de uma estatística real. O Dr. Karl Muller chegou a um número atual de 78 anos de média entre uma vida e outra.
Outro fator que deve ser levado em consideração é a expectativa de vida do ser humano na terra, que aumentou consideravelmente. Na idade média era de 40 anos e hoje se aproxima dos 100.
Outro fator é o controle da natalidade, que se faz presente em todos os países evoluídos, e agora dissiminando-se pelos países subdsenvolvidos. Era comum no sertão do Nordeste a 20 anos atrás uma mulher com 20 filhos, hoje esse número baixou para 5 filhos como média e vai baixar mais.
3.3.6 - PERGUNTAS BÁSICAS SOBRE REENCARNAÇÃO NA VISÃO ESPÍRITA
(KARDECISTA):Grupo Espírita Bezerra de Menezes
3.3.6.1 - O que é a Reencarnação? Para que serve?
Reencarnar é voltar a viver num novo corpo físico. É uma nova oportunidade de aprendizado, como prova do amor de Deus para seus filhos. Só através da reencarnação se prova a justiça e a bondade de Deus, pois é a única explicação racional para as desigualdades sociais existentes no mundo. Como explicar o fato de crianças que morrem em tenra idade, enquanto outras criaturas vivem quase 100 anos? Como explicar os que nascem com saúde perfeita, enquanto outros nascem com deficiências físicas grosseiras? Somente a reencarnação nos dá a chave desse "mistério". Com as múltiplas experiências na carne, temos a chance de adquirir e aprimorar conhecimentos que ainda nos faltam nos campos do intelecto e da moral. Além de reatar as amizades com nossos inimigos e reparar erros do passado. Quando estivermos evoluídos moral e intelectualmente, não mais necessitaremos reencarnar.
3.3.6.2 - Quantas reencarnações tivemos e teremos?
Não se pode precisar o número de reencarnações que uma pessoa já teve, pois isso depende do estado evolutivo em se encontra o Espírito. Uns evoluem mais rápido por seu maior esforço, portanto necessitam de passar menor número de vezes na carne, outros são mais lentos permanecendo mais tempo no mundo de sofrimentos. Tudo dependerá de nós. Quanto mais rápido progredirmos moral e intelectualmente, menos encarnações teremos que sofrer. Quando nosso Espírito tiver alcançado todos os graus de evolução moral e intelectual, seremos Espíritos puros. Um exemplo de Espírito puro é o Mestre Jesus.
3.3.6.3 - E quando chegarmos à perfeição, o que faremos?
Seremos encarregados de cumprir os desígnios de Deus, colaborando com a manutenção da ordem universal e transformando-nos em Seus mensageiros nos mais diversos mundos habitados. O trabalho nunca acabará, pois a criação divina é incessante e há diversos mundos em faixa de evolução diferentes. Os Espíritos fazem parte do conjunto de inteligências que governam o Universo, mas, em termos de existência, estão ligados a Deus assim como as folhas em uma árvore.
3.3.6.4 - O Espírito sempre reencarna no mesmo sexo?
Não, pois o Espírito necessita vivenciar as experiências específicas aos dois sexos, como aprendizado para seu aprimoramento moral e intelectual. A escolha de cada sexo, depende da prova ou expiação que se deve passar. Não é verdadeira a idéia de que a cada encarnação o Espírito mude de sexo. Às vezes, vive diversas vidas com um mesmo sexo, para só depois situar-se em outro campo da sexualidade. Também não é correto o pensamento de que a homossexualidade é produto da mudança de sexo do Espírito antes da sua encarnação. O homossexual é um ser em desequilíbrio moral ou vivencia uma vida resgatando um passado delituoso.
3.3.6.5 - Por que não nos lembramos das nossas vidas passadas?
O esquecimento temporário das vidas passadas é uma necessidade. Não devemos nos lembrar das vidas passadas enquanto estamos encarnados, e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, irmãos, pais e amigos, que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso a reencarnação é uma bênção de Deus para seus filhos. As lembranças de erros passados certamente trariam desequilíbrios de toda ordem, uma vez que estamos muito mais perto do ponto de partida do que do ponto de chegada, em termos de caminhada evolutiva. Depois de desencarnado, normalmente nos lembramos de parte desse passado, conforme o grau evolutivo em que nos situamos.
3.3.6.6 - Como posso saber das minhas outras encarnações?
Convém, por enquanto, não saber. Allan Kardec nos mostra com coerência e bom senso, que não devemos buscar saber o que fomos noutras vidas. Os Espíritos estão todos sujeitos à lei de evolução e, por isso, quando se remonta ao passado, depara-se com situações morais bem piores do que aquela em que atualmente se encontra. Ao recordarmos experiências infelizes de outras vidas, certamente ficaríamos perturbados mentalmente. Seria muito difícil para alguém viver uma encarnação, sabendo que fora noutras existências um assassino cruel, ou alguém que tivesse tirado a própria vida. Assim, o esquecimento das vidas passadas ajudaria, por exemplo, um rei que agira com irresponsabilidade no passado, e que foi condenado a viver encarnado numa favela. Ele aproveitaria sua encarnação, sem que as lembranças da boa vida que tivera o perturbasse. Do mesmo modo, um antigo inimigo poderia reencarnar como nosso filho, facultando assim as condições de reparar erros e extinguir mágoas. A lembrança de outras vidas seria um tormento para a vida de relação e impediria a ação inteligente da Lei, contribuindo para a melhoria do Espírito. Mas, não podemos nos esquecer que o esquecimento do passado é apenas momentâneo. Na vida espiritual as recordações voltam à mente do Espírito com naturalidade, segundo as condições evolutivas de cada um. Só em casos excepcionais Deus permite que durante a vida carnal, o homem saiba de alguns fatos ligados ao seu passado.
3.3.6.7 - Qual o tempo que separa as encarnações?
Não há tempo definido, pois depende da necessidade do Espírito em depurar-se, expandindo seus conhecimentos intelectuais e morais, passando por provas e expiações. Quanto mais endividado com a Lei de Deus, menos tempo permanece o Espírito no mundo espiritual. Digamos que aqui seja o local onde se pagam as contas e se conseguem novas oportunidades de crédito. Se tem muitas dívidas e deseja novos créditos, ele vem mais freqüentemente e em menor espaço de tempo, pois quer se ver livre dos débitos e abrir novas possibilidades para sua felicidade como filho do Altíssimo. Portanto, o tempo que separa as encarnações depende da condição evolutiva do Espírito.
3.3.6.8 - Os líderes umbralinos também organizam encarnações?
As encarnações dos Espíritos obedecem, como tudo, a uma lei. É evidente que tudo se fundamenta em uma ordem universal e seria acreditar no caos e na desordem pensar que coisas tão importantes como a programação da vida de um ser imortal pudesse ser feito por entidades sem nenhum compromisso com o Bem, com a lei de Deus. As encarnações obedecem a um projeto divino, mesmo que aparentemente possa parecer o contrário, em algumas situações. Nada acontece sem que o Criador de todas as coisas o queira. Os Espíritos superiores trabalham em Seu nome e realizam todas as suas obras, desde os planos mais primitivos até os mais elevados.
3.3.6.9 - Uma alma que atingiu a perfeição, não volta a reencarnar?
A reencarnação é uma necessidade da alma imperfeita que, através das experiências na matéria, aprende o que necessita para sua definitiva libertação da ignorância e conquista do direito de viver na Vida Eterna. Os Espíritos puros não necessitam mais dessa experiência, pois já atingiram seu objetivo. Só reencarnam nos mundos materiais para cumprirem missões de grande importância, nas regiões onde houver necessidade. O maior exemplo de encarnações missionárias é Jesus.
3.3.6.10 - Se o nosso arquivo desta vida e das vidas passadas se encontram gravadas em nosso perispírito e ele tende a desaparecer com a nossa evolução, como e onde ficam estes arquivos?
Já dissemos em perguntas anteriores que a memória do Espírito não se encontra no perispírito. Este é um conceito retirado de livros psicografados (que não foram submetidos ao Controle Universal - inexistente) e não do pensamento dos Espíritos superiores responsáveis pela Codificação. A teoria contraria as Obras Básicas e evidentemente não encontra fundamento lógico que possa explicá-lo. A memória da individualidade se encontra na intimidade do Espírito, em seu arquivo permanente, no que se chama "sensorium comune". O perispírito é matéria. Seria uma incoerência acreditar que a coisa mais importante para Espírito, que são suas experiências vividas, pudesse estar atrelada e confinada à matéria. Veja mais sobre o assunto em perguntas anteriores, nesta mesma página. (Ver corpo causal)
3.3.6.11 - A partir de qual momento é considerada o surgimento do ser humano: fecundação, do surgimento do sistema nervoso, ou do nascimento?
A partir da fecundação já existe a ligação da alma com o corpo, embora a concretização da reencarnação se dê apenas no nascimento. O Espírito se liga ao corpo que lhe dará vida física desde o instante da concepção por um laço fluídico e entra em uma fase que Allan Kardec chamou de "perturbação", ou seja, ele vai perdendo a plenitude de sua consciência à medida que a gravidez avança, como se tivesse adormecendo. Quando nasce as lembranças de sua vida anterior estão completamente apagadas. Sobre as três últimas perguntas, sugerimos leitura das questões 344 a 360 do Livro dos Espíritos.
3.3.6.12 - É verdade que a Terra passa de um mundo de expiações para um mundo de regeneração, e que este mundo praticamente começaria junto com a virada do milênio? E ainda, que muitos dos Espíritos que hoje desencarnam, se não tiverem seu campo vibratório em sintonia com esse novo mundo que se aproxima (regeneração), somente poderão reencarnar em outros planetas ainda em expiação?
Sim, a Terra passa por um processo acelerado de transformação. Suspeita-se que a profunda crise humana, chamada pelos Profetas de "A grande tribulação", esteja se aproximando do nosso tempo. Não há uma época específica para o ponto crítico dessa crise e o próprio Jesus afirmou que só Deus saberia o dia exato que isso aconteceria. Disse, no entanto, que por determinados sinais seus seguidores poderiam reconhecê-la. Veja mais detalhes nas Escrituras, Evangelho Segundo Mateus, capítulos 24 e 25. Quanto aos Espíritos que desencarnam, se não tiverem condições para viver numa sociedade de regeneração, certamente serão levados para outros mundos, conforme seu próprio grau evolutivo. Claro, isso acontecerá num tempo específico. Só em períodos distintos existem migrações de Espíritos humanos para outros orbes.
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http://www.espirito.org.br/portal/perguntas/prg-008.html