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A Medicina Chinesa (MTC) fundamenta-se numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, e sua interacção com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta abordagem tanto ao tratamento das doenças quanto á manutenção da saúde através de diversos métodos. Inscrições em ossos e carapaças de tartarugas das dinastias Yin e Shang, há 3.000 anos evidenciam registos medicinais, sanitários e uma dezena de doenças. Segundo registos da dinastia Zhou existiam métodos de diagnósticos tais como: a observação facial, a audição da voz, questionamento sobre eventuais sintomas, tomada dos pulsos para observação dos Zang-fu (órgãos e vísceras), assim como indicações para tratamentos terapêuticos como a acupunctura ou cirurgias. Já por essas épocas incluía nos seus princípios o estudo do Yin-Yang, a teoria dos cinco elementos e do sistema de circulação da energia pelos Meridianos do corpo humano, princípios esses que foram refinados através dos séculos seguintes. Nas dinastias Qin e Han haviam sido publicadas obras como “Cânone da Medicina Interna do Imperador Amarelo” (Huangdineijing) considerada actualmente como a obra de referência da medicina chinesa.